Por mais que você seja apaixonado pela sua empresa, ninguém vive só de sentimentos. Você, como dono do negócio, precisa ter um salário.
Se você tem um empresa, mesmo que esteja começando, o correto é que estabeleça claramente qual é a sua remuneração e faça um plano de ações para ter acesso a ela.
Isso ajuda a não cair em uma das armadilhas mais comuns entre os pequenos empresários: juntar finanças pessoais com as finanças da empresa, o que leva muitos negócios a fecharem as portas em poucos anos de vida.
Aqui vou listar 3 formas de remuneração que podem ser aplicadas no seu negócio, mesmo para quem ainda está começando.
Não existe um método ou valor médio de mercado para estabelecer o salário de sócios ou donos de mercado. Varia muito de empresa para empresa e depende do contexto em que você está vivendo.
Se sua empresa tem 3 meses de vida e você já está tirando R$ 1000,00 por mês, isso é ótimo.Se a empresa já tem vários anos e o dono só consegue tirar milão por mês, é pouco.
Para chegar no valor da sua realidade, você precisa colocar na balança o quanto você, pessoa física, precisa ganhar, e o quanto sua empresa pode pagar de maneira saudável…
Mas peraí… tem mais.
Na verdade, essa balança precisa ser um tanto desequilibrada e sempre pesar mais pro lado da EMPRESA. Não adianta você querer tirar R$ 10 mil se a empresa não pode pagar nem R$ 5 mil.
E aí, quando a empresa não pode pagar o salário que eu preciso?
Não tem milagre.
Você, como dono, precisa reduzir seu padrão de vida e gerenciar melhor seu dinheiro, pelo menos por um tempo, até que a empresa possa atender suas necessidades.
A regra de ouro para DEFINIR SEU SALÁRIO é sempre com base no BOM SENSO.
Defina uma meta semestral, anual ou mensal (sempre com bom senso) e um valor ou uma % de remuneração sobre a meta batida.
Por exemplo, aqui na 4blue nós temos uma meta anual de faturamento e lucro. Quando batemos a meta, os sócios tiram um salário extra (como se fosse um 13º salário).
Uma vez por ano, aqui na 4blue, fechamos o ano de janeiro a dezembro e fazemos uma distribuição de lucros.
A regra é clara neste caso também: o bom senso tem sempre que pender pra empresa. Nós distribuímos apenas 30% dos lucros e o restante ficou como capital de giro de e reserva financeira para a empresa.
O grande impacto na sua vida pessoal vai acontecer principalmente através da última remuneração, com base nos lucros. Ela potencialmente pode te um grande ganho, mesmo que seu fixo seja baixo durante todo o ano.
Mas para isso, sua empresa precisa saber como ser lucrativa e não focar apenas no faturamento (que são 2 números completamente diferentes).
Lembrando novamente que a retirada de lucros depende muito da situação da empresa.
DEFINIÇÃO CLARA + BOM SENSO = Sucesso financeiro para você e seu negócio.
Quer uma ajuda extra para definir o salário dos sócios e não assaltar seu próprio negócio com suas contas pessoais?
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Você já passou por situação semelhante? As vendas vão bem, todos na empresa estão apertados de tanto trabalho, constantemente chegam novos clientes, mas mesmo assim parece que não sobra dinheiro. (mais…)
O Ponto de Equilíbrio é um dos principais números que você precisa ter clareza na sua empresa, é ele que vai impedir sua empresa de ter prejuízo. Quer aprender o que é o Ponto de Equilíbrio e como fazer este cálculo? Aprenda aqui!
O Ponto de Equilíbrio (PE) é o mínimo que sua empresa precisa faturar para não ter prejuízo, ou seja, ficar no zero a zero – não perdeu, mas também não ganhou dinheiro.
Por exemplo: em um determinado mês, preciso faturar no mínimo 15 mil reais para pagar todas as contas. Se eu faturar esses 15 mil, não sobra dinheiro, mas também não falta.
Assim, é o mínimo do mínimo do mínimo que a empresa precisa faturar. Se faturar menos que o ponto de equilíbrio, terá prejuízo. Da mesma forma, se faturar acima, começa a ter lucro.
É uma fórmula matemática. Você precisará levantar duas informações sobre o seu negócio:
1. Despesa Fixa: primeiramente, você precisa saber a Despesa Fixa da sua empresa.
Despesas fixas são aqueles gastos de estrutura do negócio, que não variam conforme sua venda. Água, luz, telefone, salários, pro-labore, etc.
Assista esse vídeo para saber corretamente a diferença entre Despesa Fixa e Custo Variável.
2. Margem de Contribuição: em seguida, você precisa saber a Margem de Contribuição. Assista esse vídeo que explica o que é.
Imagine que você tem uma empresa que vende canecas. A Despesa Fixa da sua empresa é de 10 mil reais por mês. Ou seja, faça chuva ou faça sol, você tem 10 mil de contas a pagar.
E para cada 100 reais de venda, sua empresa tem 50 reais de Margem de Contribuição (os outros 50 foram embora com impostos, fornecedores, comissão, etc.)
Faturamento: 100,00
(-) C. Variáveis: 50,00
= Margem de Contribuição: 50,00
Isso significa que a Margem de Contribuição é de 50% (50 da margem de contribuição dividido pelo 100 do faturamento).
Com estes dados em mãos, finalmente podemos entender e calcular a fórmula do Ponto de Equilíbrio:
O mínimo que esta empresa precisa faturar é 20 mil reais. Então, se ela faturar 20 mil, vai conseguir pagar as contas. Abaixo deste valor com certeza terá prejuízo.
Agora, imagina que outra empresa com despesa fixa de 10 mil, tem margem de contribuição de apenas 35%.
Colocando na fórmula: 10.000 / 35% = 28.571,43
Por ter uma Margem de Contribuição menor, a empresa tem que faturar muito mais do que a anterior.
Portanto, quanto maior sua margem de contribuição, melhor!
Quando a MC é muito pequena, você precisa ter um giro alto.
Agora é a sua vez: qual o ponto de equilíbrio do seu negócio?
Você pode adquirir a nossa Ferramenta de Cálculo de Ponto de Equilíbrio que vai ser de grande auxílio para você saber exatamente o mínimo que você precisa faturar! Confira!