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3 Índices para tirar sua empresa da estagnação

Ser um empresário é ser líder de si mesmo e da sua equipe, é gerir bem os processos, os recursos da empresa e, ainda, traçar os próximos passos.

Lendo isso, talvez não fique evidente o quanto isso pode ser difícil, se feito sozinho.

E você deve quebrar esse paradigma. Você não está só!

Há um profissional que estudou toda a sua faculdade sobre isso e tem como profissão lhe direcionar à essa prosperidade: o Contador!

No entanto, duas coisas podem te atrapalhar ao invés de lhe ajudar:

A 1ª é falta de conhecimento acerca de quais índices são importantes para o seu acompanhamento

E a 2ª é compreensão errada deles!

Portanto, o meu objetivo hoje é lhe apresentar os PRINCIPAIS índices que você DEVE utilizar para basear a sua tomada de decisão e como o seu Contador pode lhe auxiliar nisso!

1º – Lucratividade

Lucratividade não é lucro.

Mas nem por isso você deve esnobá-lo! (rs)

O objetivo dele não é evidenciar o seu prejuízo ou o seu lucro, mas sim ajudar a compreender se a sua operação é válida ou não.

A Lucratividade é calculada assim:

(Lucro líquido / receita bruta) x 100

E o que isso significa?

Ele lhe fornece em percentual se a sua operação paga os seus custos e despesas (gastos) e ainda gerar lucro.

Por ser um índice, ele é comparável e é uma excelente forma de compreender – sob essa perspectiva – qual o desempenho da sua empresa se comparada com o que é visto no mercado e nos seus concorrentes.

2º – Ciclo Financeiro e Operacional

Um dos problemas responsáveis pela falência das empresas brasileiras é a falta de capital para financiar a operação.

Em outras palavras, a má gestão da operação.

Seja por falta de capital, seja por compras indevidas de mercadoria, altos prazos de recebimento e baixos prazos para pagamentos dos fornecedores, enfim… tudo isso está relacionado ao modo como você gerencia a sua operação.

Parece ser simples de resolver – basta ter dinheiro em caixa, certo?

Não exatamente. Na prática, para atuar frente à causa-raiz, devemos entender a tríade dos prazos.

São eles:

Prazo Médio de Pagamento (PMP)

Prazo Médio de Recebimento (PMR)

Prazo Médio de Estocagem (PME)

Estes são os responsáveis pelo Ciclo Operacional e Financeiro, que é a referência para diagnosticar a saúde da sua empresa.

Mais do que entender o que eles significam individualmente (o que não será o objetivo aqui), é preciso entender a relação entre eles.

De forma breve, temos:

PMP: tempo médio para o pagamento aos seus fornecedores e parceiros.

PMR: prazo médio que é dado aos seus clientes para pagamento do seu produto e/ou serviço.

PME:  tempo compreendido em dias em que a mercadoria – desde a sua compra à venda – permanece na empresa.

O Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro são as conclusões que conseguimos chegar com os dados acima.

O Ciclo Operacional é dado por:

CO = PME + PMR

Como podemos ver acima, é o somatório do tempo que a mercadoria fica dentro da empresa acrescido do tempo médio que o seu cliente lhe paga, completando a sua operação.

Ele nos auxilia a entender como as decisões têm comprometido o caixa e a capacidade de financiar a operação ou não (falaremos mais sobre isso daqui a pouco).

Se a empresa só vende à vista, então o ciclo operacional deve ter o mesmo valor que o ciclo financeiro.

E quanto maior o ciclo operacional, mais tempo a empresa leva para gerar capital.

Já o Ciclo Financeiro é calculado assim:

CF = PME + PMR – PMP

Como podemos ver acima, esse é o caminho que o dinheiro percorre dentro da empresa.

É o tempo desde a compra da mercadoria, passando pelo recebimento da sua venda e subtraído do prazo que possuído para quitar com os parceiros.

Com ele é possível entender se você precisa pagar os seus fornecedores antes de receber dos seus clientes ou se os próprios recebimentos financiam a sua operação.

Simplificando:

Quanto menor for o ciclo financeiro, melhor para empresa, pois mais rápido o dinheiro volta para a empresa.

Um Ciclo Financeiro negativo é quando a empresa recebe suas vendas antes de pagar seus fornecedores, assim, a própria operação do negócio se mantém, não necessitando recorrer à capital de terceiros.

No lado inverso, quanto maior o ciclo financeiro, maior será a necessidade de capital de giro para financiar suas operações.

3º – Necessidade de Capital de Giro

Falar sobre Necessidade de Capital de Giro não é difícil.

Difícil é calcular de forma precisa – se não tivermos todas as informações da empresa organizadas – sendo dado pela fórmula:

NDG = PMR – PMP

Como falei mais acima, a empresa DEVE ter sempre capital para que possa manter a sua operação ativa.

E é normal não termos essa ciência no começo da empresa.

Porém, com o passar do tempo, compreendemos que é nada escalável dependermos de capital de empréstimos, financiamentos, do dinheiro emprestado da sua mãe, do seu irmão ou do seu amigo.

Precisamos ter uma gestão que garanta as engrenagens funcionando.

Um dos índices essenciais pra isso acontecer – além dos apresentados acima – é a Necessidade de Capital de Giro.

Ela nos fornece uma compreensão ainda maior se eu estou fomentando a prosperidade ou não da empresa pelo simples fato de que, por mais que eu tenha uma empresa lucrativa, rentável e com boas margens de lucro, ela não necessariamente será saudável.

É o mesmo que dizer que quem pratica atividade física é saudável e não terá colesterol alto. As chances são menores, de fato, mas não implica diretamente nisso.

E é por isso que é importante nos atentarmos para 2 situações:

NCG positivo: a empresa possui o capital necessário para financiar a própria operação, significando que ela recebe dos seus clientes anteriores ao prazo para pagar os seus fornecedores!

E isso é ótimo! A cadeia produtiva da empresa ocorre praticamente sozinha.

NCG negativo: não há capital disponível para que a operação aconteça. Isso significa que você tem de pagar os seus fornecedores e parceiros antes mesmo de receber.

Ou seja, esses prazos acordados são um risco para a saúde da companhia. E devemos prestar bastante atenção para que não seja necessário buscar esse capital externo e cair em um ciclo vicioso de empréstimos e financiamentos.

Conclusão

Compreendendo a lucratividade, sabemos melhor o nosso posicionamento no mercado e se estamos sendo ou não eficientes.

E ao olhar para os dois grandes ciclos presente dentro da sua empresa, você pode visualizar como a operação está tão ligado ao seu sucesso ou insucesso.

Não falando apenas de lucro e rentabilidade, mas principalmente de possuir recursos disponíveis para investimentos estratégicos, para emergências e até mesmo para dar continuidade à operação.

E o mais importante disso tudo é saber que VOCÊ PODE PEDIR AJUDA, tanto na compreensão dos termos, como na análise dos seus resultados e em como tomar o caminho certo: sempre que precisar, fale com seu contador.

Todos os índices e MUITOS outros podem ser calculados por meio dos demonstrativos financeiros, que são realizados pelos dados encaminhados ao profissional contábil.  

Você JAMAIS estará só, basta saber com quem pode contar!

Este post foi escrito por Gabriel Gandra da nossa parceira Nucont.com

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