Vivemos em um mudo de mudanças (e aperfeiçoamentos) constantes. É de senso comum que é preciso ser o melhor – ser bom em tudo, não ter falhas, lapidar seus pontos fortes mas, principalmente, não ter pontos fracos.
Essa cultura de perfeccionismo reflete-se constantemente no nosso dia-a-dia – somos incentivados a seguir essa tendência por todos que nos cercam.
Mas seria essa a forma certa de proceder? Tentar ser bom em tudo é realmente o melhor caminho? É difícil dizer.
Mas lhe proponho uma reflexão: você provavelmente conhece o programa The Voice Brasil, um show de talentos exibido pela Rede Globo.
O objetivo? Revelar talentos da música brasileira. O programa já teve duas edições e foi considerado um sucesso.
Mas eu lhe pergunto: você lembra dos vencedores das últimas duas edições?
Da mais recente, talvez, você lembra, mas e da anterior? Os vencedores eram, em tese, os melhores.
Para ganhar, era preciso ter tudo: talento, presença de palco, carisma e qualquer outro atributo necessário para ser um(a) cantor(a) de sucesso.
Resumindo: eles eram bons em tudo. Aí vem a dúvida:
Se eles eram bons em tudo, por que ninguém se lembra deles, e por que eles não fizeram sucesso?
A resposta é simples e você já deve ter entendido: ser bom em tudo não significa sucesso.
Ser bom em tudo não é sinônimo de destaque. Se todos tentam ser bons em tudo, esse fator passa a ser pré-requisito.
Espera-se de todos uma gama de habilidades razoavelmente aprimoradas, e tê-las passou a significar que você é apenas mais um.
O exemplo do The Voice Brasil foi apenas um dos vários que podem ser identificados no contexto atual. Em várias esferas (esportivas, executivas, artísticas), essa situação é visível. Como fugir dela?
Invista seu tempo nos seus pontos fortes.
Deixe de ser bom e se torne ótimo em alguma coisa.
Investir dedicação num ponto fraco (querendo torná-lo forte), fará de você apenas mediano naquilo. Se você investir em algo em que já é bom, se tornará excepcional.
O conhecimento constantemente bate à nossa porta e depende de nós mesmos aproveitar as oportunidades que nos são dadas.
Se o mercado exige de você a máxima competência, atinja a excelência. E corra! Enquanto bate aquela vontade de voltar para o Facebook, alguém está ultrapassando você na corrida pelo sucesso.
Vai querer ficar pra trás?
Escrito por Leo Augusto Sorg, estudante de Administração, quebrador de galhos oficial e Coringa Premium da KaminskiAvalc