O Ponto de Equilíbrio é um dos principais números que você precisa ter clareza na sua empresa, é ele que vai impedir sua empresa de ter prejuízo. Quer aprender o que é o Ponto de Equilíbrio e como fazer este cálculo? Aprenda aqui!

O que é Ponto de Equilíbrio?

O Ponto de Equilíbrio (PE) é o mínimo que sua empresa precisa faturar para não ter prejuízo, ou seja, ficar no zero a zero – não perdeu, mas também não ganhou dinheiro.

Por exemplo: em um determinado mês, preciso faturar no mínimo 15 mil reais para pagar todas as contas. Se eu faturar esses 15 mil, não sobra dinheiro, mas também não falta.

Assim, é o mínimo do mínimo do mínimo que a empresa precisa faturar. Se faturar menos que o ponto de equilíbrio, terá prejuízo. Da mesma forma, se faturar acima, começa a ter lucro.

Como calcular o Ponto de Equilíbrio

É uma fórmula matemática. Você precisará levantar duas informações sobre o seu negócio:


1. Despesa Fixa: primeiramente, você precisa saber a Despesa Fixa da sua empresa.

Despesas fixas são aqueles gastos de estrutura do negócio, que não variam conforme sua venda. Água, luz, telefone, salários, pro-labore, etc.

Assista esse vídeo para saber corretamente a diferença entre Despesa Fixa e Custo Variável.

Vídeo - Qual a diferença entre Despesa Fixa e Custo Variável?

2. Margem de Contribuição: em seguida, você precisa saber a Margem de Contribuição. Assista esse vídeo que explica o que é.

Vídeo - O que é e como calcular a Margem de Contribuição?

Exemplo do cálculo de Ponto de Equilíbrio

Imagine que você tem uma empresa que vende canecas. A Despesa Fixa da sua empresa é de 10 mil reais por mês. Ou seja, faça chuva ou faça sol, você tem 10 mil de contas a pagar.

E para cada 100 reais de venda, sua empresa tem 50 reais de Margem de Contribuição (os outros 50 foram embora com impostos, fornecedores, comissão, etc.)

Faturamento:                                  100,00

(-) C. Variáveis:                                50,00

= Margem de Contribuição:         50,00

Isso significa que a Margem de Contribuição é de 50% (50 da margem de contribuição dividido pelo 100 do faturamento).

Com estes dados em mãos, finalmente podemos entender e calcular a fórmula do Ponto de Equilíbrio:

O mínimo que esta empresa precisa faturar é 20 mil reais. Então, se ela faturar 20 mil, vai conseguir pagar as contas. Abaixo deste valor com certeza terá prejuízo.

Agora, imagina que outra empresa com despesa fixa de 10 mil, tem margem de contribuição de apenas 35%.

Colocando na fórmula: 10.000 / 35% = 28.571,43

Por ter uma Margem de Contribuição menor, a empresa tem que faturar muito mais do que a anterior.

Portanto, quanto maior sua margem de contribuição, melhor!

Quando a MC é muito pequena, você precisa ter um giro alto.


Agora é a sua vez: qual o ponto de equilíbrio do seu negócio?


DICA EXTRA

Você pode adquirir a nossa Ferramenta de Cálculo de Ponto de Equilíbrio que vai ser de grande auxílio para você saber exatamente o mínimo que você precisa faturar! Confira!

Opa, tudo bem?

Frequentemente falamos da importância de controle e sempre ressaltamos (sempre mesmo) de que é necessário ser um controle 100%, ou seja, centavo por centavo, vírgula por vírgula. E eu vou mostrar neste post o motivo desta importância toda.

Imagine que você tem uma Empresa X e que eu te pergunto quanto sua empresa fatura em média por mês, e você me responde "Mais ou menos" 45 mil reais.

Logo na sequência eu pergunto quanto é seus custos variáveis e você diz "mais ou menos 20 mil reais.

E por fim, eu lhe pergunto quanto é suas Despesas fixas e novamente você me diz "mais ou menos" 20 mil reais.

Muito bem. Com apenas estas 3 informações eu consigo ter muita coisa para analisar, certo?

A primeira, mais importante, é que você tem um lucro operacional de 5 mil reais (nestas horas você já estaria pensando "mas para onde vai este lucro?").

Bem, com apenas estas informações eu já consigo calcular seu Ponto de Equilíbrio, que é justamente o Faturamento necessário para você conseguir pagar as suas contas e não ter prejuízo e nem lucro. Você fica exatamente no zero a zero.

(Se você não sabe o que é o Ponto de Equilíbrio e não sabe calcular, baixe nosso E-book Gestão Financeira em 5 Passos que ensinamos passo a passo e é facinho!)

Em resumo eu preciso de 2 informações: Despesa Fixa e Margem de Contribuição (no e-book acima explicamos sobre isso também).

A Despesa Fixa você me deu já e é "mais ou menos" 20 mil. A margem de contribuição é a diferença entre Receita e Custo Variável, no caso 25 mil. Para a fórmula precisamos do Percentual da Margem de Contribuição (basta dividir pela receita).

Portanto meu % da Margem de Contribuição é 56%.

Basta calcular o Ponto de Equilíbrio. Com as informações que você me passou, seu Ponto de Equilíbrio é R$ 35.714,28.

Mas e se as informações estiverem só um pouco erradas? E se eu não anotei exatamente tudo? O que acontece?

Vamos imaginar agora que você nos contratou e fizemos cadastro de centavo por centavo, tudo tudinho e as novas informações (que demonstram que antes estava errado) são:

Será que muda muita coisa?

Bem, seu % de Margem de Contribuição agora é de 48,31% e seu Ponto de Equilíbrio é de R$ 46.448,88.

Compare. Com as suas informações, o mínimo que você precisaria faturar era de R$ 35.714,28 e agora o mínimo é mais de 11 mil reais a mais (com pequenas variações nas informações). Por isso que, na situação que analisamos 5 mil de lucro, você pensou "Como que não sobra dinheiro?".

Entenda que Gestão Financeira ou é ou não é, não existe meio termo. Suas análises devem ser precisas para você saber tomar as decisões certas. Os números nunca mentem. Às vezes a gente que se engana com números errados.

Se quiser dar um passo de quilômetros, tem o nosso curso 100% online de Formação em Gestão Financeira. Você pode saber mais do curso aqui.

Grande abraço!

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Escrito por:

Aleksander Avalca

Sócio da KaminskiAvalca e adora Basquete, comida japonesa, Fórmula 1 e sente bastante saudade de uma parte da família que mora longe!

 

A Margem de Contribuição é um dos indicadores mais importantes para o seu negócio e nesse post você vai aprender o que é, pra que serve, como calcular e ainda vai ter acesso a uma ferramenta gratuita para te ajudar. Então vem com a gente!

Talvez você nunca tenha ouvido falar, ou se já ouviu, talvez não saiba exatamente o que significa.

Mas, basicamente, a Margem de contribuição é o quanto cada produto ou serviço que você vende vai, de fato, contribuir para pagar as despesas fixas da sua empresa.

Ou seja, esse indicador é extremamente importante porque ele mostra se você está realmente conseguindo ter uma boa margem de lucro, se o seu preço está correto e se está conseguindo pagar as contas e ainda sobrar dinheiro.

Ainda não ficou claro? Calma, porque que nesse artigo você vai aprender tudo sobre Margem de Contribuição!

O que é Margem de Contribuição?

Margem de Contribuição é o indicador financeiro que diz o quanto cada venda contribui para pagar os gastos fixos e ainda gerar lucro, mas vamos de exemplo prático para facilitar:

Se você vende, por exemplo, uma caneta por R$5,00 -  esse valor não é o seu lucro, porque existem vários custos embutidos que formam esse preço, e logo de cara você precisa tirar os custos variáveis, que são:

Depois que você descontar todos esses custos, o que sobra é exatamente a Margem de Contribuição. Em outras palavras, se sobrou R$2,30, esse é o valor que vai contribuir para você para pagar seus gastos fixos (aluguel, contas de água, luz, internet, salários e pró-labore) e ainda sobrar o lucro, de fato!

Portanto, Margem de Contribuição é o preço de venda menos os custos variáveis!

"mas como eu vou pagar todas essas contas vendendo uma única caneta?"

Calma que vamos chegar lá e te ensinar como calcular isso. O importante aqui é que você entenda o que é a Margem de Contribuição e a importância dela no seu negócio!

Se a margem que sobra após uma venda for alta, vai sobrar mais lucro. Se a margem estiver bem apertada, talvez você nem tenha lucro e aí precisa rever como melhorar isso!

Este indicador tem impacto direto na lucratividade da sua empresa.

Por que esse indicador é tão importante?

Lembra que dissemos que com o valor que sobrou da venda da caneta era necessário pagar todos os custos fixos e ainda ter lucro?

Então, não é com a venda de uma única caneta, obviamente, mas com todas as suas vendas no mês. Assim, você vai somar a margem de cada produto e com esse valor você precisa sair no positivo!

E a partir da sua Margem de Contribuição, existem duas análises importantes que você precisa fazer dentro do seu negócio.

1 - Análise do Ponto de Equilíbrio - o Ponto de Equilíbrio é o mínimo que você precisa faturar para não ter prejuízo, e para encontrar esse número você vai somar todos os seus Gastos Fixos e multiplicar pelo percentual da sua Margem de Contribuição!( Vamos te ensinar como fazer esse cálculo logo abaixo!)

2 - Margem de Contribuição teórica X Margem de Contribuição real - a teórica é aquilo que você tem calculado na planilha (todos os custos variáveis citados acima), mas acontece que no dia a dia existem variações que podem acontecer e isso vai impactar a sua Margem, portante é muito importante acompanhar com frequência esses dados para saber se não está perdendo dinheiro de alguma forma.

Como calcular a Margem de Contribuição!

Para você calcular a sua Margem de Contribuição é muito simples, por isso não se preocupe. Mas você terá que fazer isso com cada produto, então pode ser um pouco trabalhoso. Mas é aquele trabalho que vai render dinheiro no bolso futuramente. Então é bom de fazer!

Pegue o valor daquela mesma caneta (R$5,00), e tire todos os custos variáveis (de novo: fornecedores, taxas, impostos, comissão, embalagem e etc)

Após tirar todos esses custos sobrou R$2,30, que representa 46% do valor total do produto. Essa porcentagem vai ser muito importante para você calcular o seu Ponto de Equilíbrio e é com esse valor que você vai ter que pagar todos os seus gastos fixos e ainda ter lucro.

Com isso, fica bem claro que os R$5,00 está bem longe de ser R$5,00 de lucro, não é mesmo?

E lembre-se: quanto maior for essa porcentagem, melhor para sua empresa!

Agora pegue esse número e faça o cálculo do seu Ponto de Equilíbrio usando a nossa planilha.

(imagem)

Importância da Margem de Contribuição nas suas vendas!

Quando você fizer esse cálculo para todos os seus produtos, vai perceber que o resultado não é o mesmo. Logo, alguns possuem uma margem melhor e outros uma margem pior!

Portanto, rapidamente você vai entender que alguns produtos te dão mais lucro e outros, menos!  E isso vai mostrar em quais você deve focar as suas vendas, quais você pode fazer promoções e quais você precisa rever o preço porque está dando prejuízo ou quase nada de lucro.

E nessa hora existe um ponto de atenção, porque no seu negócio você pode dividir os seus produtos em 4 categorias de acordo com o lucro que você ganha com cada um.

São elas: verde, amarela, laranja e vermelha. Descubra aqui como dividir e o que fazer se os produtos estão no laranja ou vermelho.

O importante é que você consiga elevar a sua Margem de Contribuição para vender melhor, pois nem sempre vender mais é a solução se você não está tendo lucro com as vendas.

A seguir, vamos te mostrar 6 erros que podem estar prejudicando a sua margem.

6 erros que acabam com sua Margem de Contribuição

Existem alguns fatores que vão afetar diretamente a sua Margem e você precisa monitorar para não perder a lucratividade da sua empresa. São eles:

  1. Preço errado;
  2. Custo de fornecedor muito alto; 
  3. Taxas muito altas (comissão de vendas, taxa de cartão, taxa de delivery);
  4. Muito desperdício, quebras e furtos dos seus produtos ou erro no cálculo de horas se você for prestador de serviço;
  5. Excesso de estoque;
  6. Vender mais os produtos com margem ruim do que os produtos com margem boa.

Assim, é muito importante que você tenha atenção para não cometer essas falhas.

Definitivamente, a Margem de Contribuição manda no jogo e é determinante para o sucesso financeiro da sua empresa. Por isso, é preciso acompanhar mensalmente e ela precisa aparecer no seu Fluxo de Caixa e no seu controle financeiro.

Portanto, comece a dar mais importância para esse indicador que, com certeza, vai sobrar muito mais dinheiro na sua empresa. 

ninja-produtividade

Olá, sempre escrevemos as dificuldades de controlar as finanças, de ter hábitos e rotinas precisas... Então hoje vamos para o caminho diferente! Hoje listarei os 9 sinais que demonstram que você tem o Controle Financeiro ninja.

Comente lá embaixo se você é um expert ou se falta alguma coisa =)

Não esqueça de baixar nossos e-books 😉

1º sinal: Você faz um fechamento diário (ou semanal) de Saldo de Caixa e Bancos

E no final bate, centavo por centavo, é uma alegria né? Isso demonstra que está tudo certinho =)

2º sinal: Para fazer um lançamento você não demora mais do que 1 minuto

Isso é extremamente importante. Fazer lançamento de entrada e saída não pode ser demorado. Se for, tem algo errado.

3º sinal: Você tem uma Rotina certa para fazer os lançamentos

Você tem o horário certo (ou dia, caso não faça diariamente, o que recomendamos) para fazer os lançamentos

4º sinal: Você tem uma pessoa responsável para realizar os controles

Pode ser você mesmo ou outra pessoa. O que não pode é ter 4 que façam isso.

5º sinal: Você tem uma organização fixa dos documentos

Depois que você lança as notas, organiza elas de forma fácil para passar para contador e também caso você precise buscar alguma coisa.

6º sinal: Você tem um Plano de Contas definido para cada despesa e receita

Não é simplesmente Gasto com Funcionário. É uma parte Salário com Funcionários, outra Rescisão e assim por diante.

7º sinal: Você tem um histórico para cada Lançamento

Ex: Plano de Contas é "Conta de Telefone" e o histórico pode ser "Este mês foi um custo maior porque fizemos ligações internacionais".

8º sinal: Você tem um controle de Contas A Pagar e A Receber

O seu controle financeiro precisa disso, é sério =)

9º sinal: Seu controle financeiro precisa gerar um Fluxo de Caixa Correto!

Você não pode ter o trabalho de fazer o Controle e depois ter que criar um Fluxo de Caixa. Seu controle precisa fazer isso e com a estrutura certa.

E aí? Você é um Expert? Falha em alguma coisa?

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Escrito por:

Aleksander Avalca

Sócio da KaminskiAvalca e adora Basquete, comida japonesa, Fórmula 1 e sente bastante saudade de uma parte da família que mora longe!

Duas empreendedoras ponta firme. Começaram com uma lojinha super pequenininha que aos poucos foi crescendo.

Apenas as duas trabalhando na loja e recebendo um salário de fome, conseguiram economizar algum dinheiro pela empresa.

Então surgiu a oportunidade de ir para um local maior numa localização melhor.

Um baita risco, mas uma grande oportunidade!

E como boas empreendedoras, apostaram na oportunidade.

Foram para um novo ponto. Agora tinham um maior estoque, dois funcionários e passaram a retirar um pró-labore um pouco maior.

Ou seja, os gastos aumentaram.

Maaaaassss, antes que você pense em tragédia, o faturamento delas aumentou em 15 mil reais!

Praticamente de um mês para o outro, 15 mil a mais na conta por mês. Isso era um aumento de praticamente 40% só por estar num local melhor!

Porém, entretanto, sobretudo, todavia, esses 15 mil a mais não adiantaram de nada. As despesas fixas da empresa aumentaram em cerca de 5 mil a mais.

Aí você, pobre empreendedor, vai pensar: pow, a despesa fixa aumentou em 5 mil e o faturamento aumentou em 15 mil.. sucesso total!!

Só que não... Existe um negócio chamado ponto de equilíbrio.

Resumidamente, é quanto você precisa faturar apenas para pagar as contas da empresa. E no caso delas, esses 5 mil a mais de despesas, equivaliam a sabe o quê? Os 15 mil em faturamento.

Em outras palavras: elas precisam faturar 15 mil reais para cada 5 mil de despesa fixa.

Ou seja, todo o faturamento adicional da empresa foi apenas para pagar as contas adicionais.

Continuaram lucrando o mesmo que antes.

Assim, não caia no conto do vigário do aumento de faturamento. Pode ser que isso não adiante nada.

Em nosso Gestão Financeira Lucrativa sempre deixamos isso muito claro: o quanto sua empresa fatura não quer dizer nada!

Ah, quanto as empreendedoras, bom, pelo menos não estão tendo prejuízo. Mas agora sabem que precisam aumentar ainda mais o faturamento. Mas sem aumentar as despesas!

Sim, ontem você estava desejando “Feliz Ano Novo” e hoje o primeiro semestre já acabou. Ou, dependendo de quando você estiver lendo, até o ano já está acabando novamente.

Como estão os resultados do seu negócio? Dentro do esperado? Além? Aquém?

A análise de indicadores do negócio é algo que deve acontecer todo santo mês, mas em viradas de semestre e de ano, é importante dedicar um pouco mais de atenção para isso.

Portanto, segues três indicadores essenciais para se analisar no seu negócio

Margem de Contribuição

Se você já nos acompanha há algum tempo, já nos ouviu falar que a Margem de Contribuição da empresa é mais importante que o Faturamento!

Portanto, é extremamente importante analisar se a M.C. está “dentro dos conformes”.

Se você não sabe ou não tem certeza sobre o que é Margem de Contribuição, leia este artigo!

Lucro

Básico do básico. Se você não souber o lucro do seu negócio, você basicamente não sabe de nada.

Além de analisar o lucro total, é importante analisar a lucratividade, ou seja, de tudo o que você faturou, quantos % você lucrou? (basta dividir o valor do lucro pelo faturamento)

Número de clientes

Muito importante também é analisar se o número de clientes aumentou, diminuiu ou se manteve.

Para que seu negócio cresça, você sempre precisará de mais clientes.

Mas ao mesmo tempo, muitas vezes você consegue aumentar consideravelmente os lucros apenas aumentando os preços e mantendo a quantidade de clientes estável.

Dica de ouro!

Se for possível, faça uma análise de todos estes indicadores (e os outros que julgar importante) comparando o mesmo período do ano anterior.

Esta análise é ideal para você avaliar a real evolução (ou não) do seu negócio.

Alerta de fogo!

Se sua empresa não tem estes indicadores à mão, então temos um sério problema. É inaceitável uma empresa não saber facilmente qual foi sua Margem de Contribuição, Lucro e o número de clientes.

Caso você não tenha isso, realmente aconselho a você nos pedir ajuda!

O Plano de Contas é um dos conceitos mais importantes numa boa Gestão Financeira - mas quase ninguém sabe disso e quase todos ignoram.

O plano de contas é um descritivo de todas as CATEGORIAS de contas de uma empresa.

Ou seja, ele diz quais são os tipos de contas que a empresa possui, tanto de entradas quanto de saídas.

O que acontece na maioria dos casos: o sujeito não tem um plano de contas (e nem sabe o que é isso), mas tem seu controle master avançado no Excel.

Quando ele vai lançar uma conta referente a salários, por exemplo, fica desse jeito:

DATATIPODESCRIÇÃOVALOR
07/08SaláriosSalário do pessoal3.300,00
10/09GenivaldoSalário Genivaldo1.100,00
10/09RosicleiaRosicleia1.100,00
05/10FuncionáriosPessoal2.200,00
07/11Salários FuncionáriosRemuneração2.200,00
05/12Rosicleia MariaSalário1.300,00
05/12Genivaldo JoãoGenivaldo1.100,00

Percebeu o problema?

Não há padronização nenhuma.

Se você faz o controle em Excel e quer saber automaticamente o total de salários, o Excel não tem como saber que todos esses lançamentos sem padrão nenhum equivalem a uma conta chamada Salários.

Ou mesmo num sistema, é comum você encontrar categorias desorganizadas.  Você quer ver as contas de energia elétrica e vai achar contas chamadas “Luz”; “Energia”; “Energia Elétrica”, tudo se referindo à mesma coisa.

E é pra isso que serve o Plano de Contas. Para organizar as informações.

Veja a diferença:

DATATIPODESCRIÇÃOVALOR
07/08Salários FuncionáriosSalário do pessoal3.300,00
10/09Salários FuncionáriosSalário Genivaldo1.100,00
10/09Salários FuncionáriosRosicleia1.100,00
05/10Salários FuncionáriosPessoal2.200,00
07/11Salários FuncionáriosRemuneração2.200,00
05/12Salários FuncionáriosSalário1.300,00
05/12Salários FuncionáriosGenivaldo1.100,00

É um mero detalhe, mas faz toda a diferença!

Assim, um bom plano de contas DEVE ter as categorias da seguinte forma:

Assim, o seu plano de contas PRECISA ter esta estrutura. Desta maneira você vai ter informações da forma correta par analisar os números.

Na virada do ano de 2014 para 2015, eu viajei para uma cidade chamada Iporanga, interior de São Paulo.

Iporanga é conhecida como a Capital das Cavernas, pois é a região que apresenta a maior quantidade de cavernas no Brasil (será mais fácil você procurar informações como PETAR – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira).

Admito que fomos para lá sem expectativa nenhuma. Nós íamos ficar uma ou duas noites no máximo e no fim das contas ficamos uma semana inteira! O lugar é incrível!

Lá, obviamente, visitamos várias cavernas (afinal, é a capital das cavernas!). E quando você se afasta um tanto da boca da caverna, a escuridão vira total. Portanto cada pessoa leva uma lanterna consigo.

E de vez em quando, nós apagávamos todas as luzes das lanternas para “sentir” aquela escuridão. E quando você coloca a mão na frente do seu rosto e não enxerga, aí você percebe que está escuro mesmo!

Mas o que tudo isso tem a ver com o seu negócio? TUDO! Quando você não tem uma excelente gestão financeira, é como se você estivesse numa caverna sem lanterna!

É exatamente esta uma das piores consequências desastrosas de sua má gestão financeira:

Sensação de insegurança / de estar no escuro

Dentro da caverna, quando apagávamos as luzes, nós ficávamos parados. Se tentássemos andar, com certeza iria acontecer algum acidente.

Mas na sua empresa você não tem condição de ficar parado! Todo santo dia você está tomando decisões. Mas está tomando decisões no escuro, afinal, você não tem plena ciência dos números.

Esta “cegueira”- a mesma da escuridão da caverna – causa insegurança. Insegurança causa desconforto. Insegurança não lhe deixa dormir direito. Insegurança faz você ter que trabalhar mais para atingir os mesmos resultados. Insegurança faz mal à sua saúde!

Tudo isso porque você não tem uma boa gestão financeira! Tudo isso por algo que não é difícil de ser resolvido – mas também não é fácil.

Se você está nesta escuridão, aconselho fortemente que você leve em consideração fazer nosso Curso Gestão Financeira Lucrativa para Pequenas Empresas.

É o primeiro passo mais fácil para você sair da escuridão financeira.

No outro post desta série falei sobre empresários que, sem querer, matam sua própria empresa. Se você não leu, confira aqui.

Agora, vou falar do outro lado da moeda: empresários que morrem pela empresa.

Como vimos, o primeiro tipo são donos que matam o negócio e é formado por pessoas que retiram pró-labores excessivamente altos, seja por falta de noção ou na maioria das vezes por misturar dinheiro pessoal com dinheiro da empresa.

Neste segundo tipo de empreendedor, o problema é justamente o contrário. O empresário recebe um salário de fome de sua própria empresa.

Na visão do negócio, este último é bem melhor, pois está mantendo a empresa saudável, mas mesmo assim não é sustentável a longo prazo.

Vou explicar melhor com dois exemplos.

“Sandy, a empresária que tinha medo de arriscar”

Sandy era sócia numa empresa que tinha mais de 17 anos de história. Seu salário era perto de 2 mil reais.

Olhando isoladamente, não é um salário ruim. Mas quando você para e pensa que ela tem graduação e pós graduação na área de arquitetura e que sua empresa existe há mais de 17 anos, então esse salário já não parece tão alto assim.

Obviamente ela não era satisfeita com seu salário, mas como tinha medo de expandir a empresa (contratar um funcionário para ajudar em tarefas administrativas, investir em ações de marketing e vendas, etc. etc.) a empresa ficava crescendo pifiamente e ano após ano ela continuava recebendo um salário pra lá de mais ou menos.

“Júnior, o empresário com salário de estagiário”

Neste caso o dono da empresa é um programador de sistemas. A empresa é relativamente nova, com menos de 5 anos de idade – observe que não é tão nova assim.

Junior, como dono da empresa, recebe, literalmente, o mesmo salário que ele recebia quando era estagiário na faculdade, anos atrás.

Os três funcionários da empresa recebiam um salário maior que o dele. E o pior: se ele quisesse aumentar o próprio pró-labore, a empresa com certeza ia entrar no negativo.

Ou seja, de fato ele estava se sacrificando pelo bem da empresa.

Morrer ou não morrer... eis a questão!

Como eu falei: do ponto de vista da empresa, dane-se o sócio, pois o importante é as finanças da empresa. Enquanto o Fluxo de Caixa apontar lucro, ótimo!

Mas o grande ponto é: empreender não é só fazer o que ama, mas fazer o que ama e ganhar bastante dinheiro no processo!

No início da empresa, de fato, todo empreendedor recebe um salário ridículo – quando recebe. Mas ao passar dos anos o empresário precisa passar a receber um pró-labore justo.

Eu fico puto quando vejo um cliente com uma empresa de 10 ou 15 anos ganhando um salário menor que o meu, que tenho uma empresa de 5 anos!

Se a empresa não pode te pagar um salário justo, alguma coisa está errada!

Até quando você vai investir num negócio que obviamente não está lhe valendo a pena financeiramente?

Alguns anos atrás eu e o Aleks chegamos a “apostar” que se a empresa não passasse a nos pagar um salário justo nós iríamos desistir do negócio, pois ele se mostraria inviável.

Como avaliar isso?

Para avaliar se você está morrendo pela empresa, basta fazer duas perguntas simples:

1 – Se no próximo mês eu passar a receber um salário justo (sem abusar), a empresa vai ter condições de pagar e, ainda assim, se manter lucrativa?

2 – Se não, eu vejo num curto prazo que a empresa teria condições de me pagar tal salário justo sem se prejudicar financeiramente?

Se ambas as respostas forem não, então algo está errado.

Empreender é uma das raras oportunidades que temos de fazer aquilo que amamos de verdade e, ainda assim, ganhar muito dinheiro no processo!

Pare de morrer pela sua empresa e faça-a ganhar dinheiro de verdade!

Neste post vamos falar sobre o primeiro tipo: empresários que matam a empresa. E vamos explicar isso por meio de três histórias rápidas.

"Huguinho, o empresário que nunca recebeu salário"

Este empresário, cliente da 4blue, falava aos quatro ventos que nunca tinha recebido salário!

Ele morava num bairro nobre de Curitiba, tinha carro importado e viajava todo ano para visitar sua filha no estrangeiro. Mas ele nunca tinha recebido salário!

A questão é que o sujeito não tirava um salário assim como qualquer funcionário. Ele simplesmente usava o dinheiro da empresa como se fosse seu.

Conta de água? Dinheiro da empresa. Jantar com esposa? Cartão da empresa. Parcela do carro? Dinheiro da empresa e por aí vai!

Durante o trabalho de consultoria, quando passamos a contabilizar todos os gastos pessoais como pro-labore do sócio, ao final do primeiro mês ele “não tinha recebido um salário” de mais de 12 mil reais!

Sim, todas as saídas, entre saques e pagamento de contas pessoais, somavam mais de 12 mil reais no mês.

"Zezinho, o empresário que tinha um caixa eletrônico na empresa"

Este empresário, ao contrário do primeiro, praticamente não pagava suas contas diretamente da empresa, mas ele fazia diversos saques da conta da empresa.

Ou seja, precisa de mil reais para pagar alguma conta, ele ia no banco e sacava. Precisava de mais 500? Ia no banco e sacava. Apenas 50tinha? Ia no banco e sacava...

Durante o primeiro mês de consultoria, o Zezinho realizou mais de 28 saques durante um mês! Ao final, havia retirado mais de 13 mil reais para si e nem sequer tinha percebido.

E o pior de tudo: a empresa estava com um faturamento bastante baixo, então o impacto de seu pró-labore era enorme sobre a empresa.

"Luizinho, o empresário que queria ter bom salário antes de ter uma empresa de verdade"

Este empresário fazia o mínimo corretamente: ele fazia uma retirada única no início do mês, assim como todo e qualquer colaborador da empresa.

Luizinho e seu sócio retiravam cerca de 3.500 de pró-labore cada um. Até então, não há problema.

O detalhe é que a empresa faturava cerca de 10 mil reais por mês! Ou seja 70% de todo o faturamento ia pro bolso dos dois!

Por ser uma empresa muito nova, ainda tinha um faturamento baixíssimo. No início, os dois viviam às custas do dinheiro do investidor da empresa, mas chegou uma hora que o investidor parou de colocar grana no negócio. Aí começaram a vir os empréstimos para pagar as contas.

Resumindo: Luizinho queria receber o seu ótimo salário antes mesmo de ter uma empresa que pagasse as contas básicas.

Matando a empresa

Acredito que deu para perceber as semelhanças né? Empresários que matam o seu próprio negócio são aqueles que retiram pró-labores inconsistentes com a realidade da empresa.

Na maioria dos casos, como os dois primeiros, não há uma retirada fixa de dinheiro e mistura-se dinheiro da empresa com dinheiro da pessoa.

Isso, junto com a falta de um controle financeiro correto, faz com que o empresário não perceba que está tirando uma grana alta e prejudicando o negócio.

Em outros casos é meramente uma falta de bom senso mesmo.

Dica: Com um bom relatório de Fluxo de Caixa, você consegue analisar se você está matando sua empresa ou não. Saiba tudo sobre Fluxo de Caixa aqui!

Portanto, talvez ao priorizar seu bem-estar pessoal, você esteja matando sua empresa! Você tem certeza que não se encaixa em nenhuma das histórias acima?

Leia a parte 2 desta história! 

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