Distribuição de Lucros: quanto eu posso sacar do lucro do negócio?!

Essa é uma das perguntas mais comuns entre os empresários. Não vamos enrolar, a resposta é: depende.

E não depende de somente um fator. São alguns detalhes que devem ser analisados para aí você saber o quanto do lucro você pode retirar.

Nesse post, vamos falar quais são os fatores, como analisar cada um e aí saber com segurança o quanto do lucro do negócio você pode retirar. Continue lendo!

 

Definindo o seu pró-labore

O primeiro passo para a saúde e segurança financeira da sua empresa é você definir um pró-labore.

O pró-labore nada mais é do que um salário mensal para você.

Sim, assim como qualquer funcionário você precisa estipular um valor para ser recolhido mensalmente para suas despesas pessoais.

Desta forma, você está separando o seu dinheiro do dinheiro da empresa e não compromete a saúde financeira nem sua, nem do seu negócio. Simples, não é mesmo?

Estipulando o pró-labore certamente ficará mais fácil para você administrar sua conta pessoal, e contabilizar a conta da empresa.

 

Se você ainda mistura seu dinheiro pessoal com o dinheiro da empresa você está cometendo um erro muito grave!!!

 

Quanto posso distribuir de lucros?

Vamos imaginar, então, que você separou um valor para retirar mensalmente e que no balanço de final de ano, concluiu que a sua empresa lucrou o esperado.

Para saber quanto você pode retirar do lucro da empresa, você precisa estar ciente do nível de situação em que sua empresa se encontra.

São três os níveis em que uma empresa pode se apresentar:

 

Distribuição de lucros: 1º nível -> zero [ou quase zero] lucro

Se você está iniciando ou se a sua empresa ainda não está gerando lucro suficiente para retiradas extras o ideal é que você não faça retiradas do lucro.

Se fizer que seja uma quantia mínima possível para não prejudicar o caixa no futuro.

Toda vez que você faz uma distribuição de lucros você diminui a disponibilidade de dinheiro da empresa. Logo, se você praticamente não teve lucro algum, não é nada sensato fazer qualquer retirada adicional..

 

Distribuição de lucros: 2º nível -> lucro razoável

Geralmente as empresas quando chegam no segundo nível estão mais organizadas e já conseguem ter reservas para cumprir com seus compromissos financeiros com mais folga.

Nesse nível recomenda-se tirar até 30% do lucro para você e seus sócios quando for o caso.

É importante lembrar da importância de deixar para a empresa a maior parte dos lucros, compondo desta forma uma reserva maior, o que vai permitir novos investimentos no futuro e te dar mais segurança.

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Distribuição de lucros: 3º nível -> bom lucro e boas reservas financeiras

Depois de passar pelo nível 2, onde você deixou uma boa parte dos lucros para investimentos, ao chegar no nível 3 as empresas costumam ter um capital de reserva.

Neste nível você tem vários meses (mais de 6) de reserva financeira. Ou seja, se – bate na madeira – a sua empresa não faturar mais nada, você consegue pagar 6 meses ou mais de gastos fixos sem entrar no cheque especial ou necessitar de empréstimos.

Neste caso, já se pode desfrutar de uma quantidade maior dos lucros do seu negócio e retirar até 80% dele para você e seus sócios, se a empresa tiver uma boa reserva financeira e se não houver grandes planos de investimento num curto prazo.

[nós temos um post super completo sobre lucro que recomendo muito a leitura. Confere aqui]

De novo: nunca pense em retirar todo o lucro.

Sempre deixe um valor para que sua empresa aumente seu capital de reserva, que possa cumprir com seus compromissos financeiros de forma segura em qualquer imprevisto e para que possa reinvestir quando surgir a oportunidade.

 

Como fazemos a distribuição de lucros na 4blue?

Aqui na 4blue distribuímos os lucros uma vez por ano, sempre em janeiro.

Basicamente fechamos o ano anterior e a partir daí fazemos a definição da distribuição de lucros.

Não temos uma regra definida, mas com estamos sempre buscando crescer mais, sempre há a necessidade de novos investimentos, logo nossa distribuição de lucros fica na casa do “2º nível” que mostrei acima.

A distribuição de lucros é um dos fatores principais que faz uma empresário se tornar verdadeiramente rico. Saiba mais sobre isso aqui.

 

Resumindo: separando o dinheiro pessoal do da empresa e retirando os lucros de forma correta, usando de bom senso, fique seguro que seu negócio vai dar certo!

 

Se você gostou no nosso post, leia também: como calcular o lucro do seu negócio.

Renan Kaminski (distribuindo os lucros com bom senso)

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Se você começar a estudar um pouco sobre empreendedorismo e finanças vai cair nestes dois termos: lucratividade e rentabilidade.

Os dois estão relacionados e isso pode gerar certa confusão, mas seu conceito é completamente diferente.

Neste post vamos entender a diferença entre lucratividade e rentabilidade, como calculá-los e o que fazer com esses números para melhorar seu negócio.

Bora?

Qual a diferença entre Lucratividade e Rentabilidade

Lucratividade é a relação do Lucro do seu negócio e sua Receita (faturamento). De forma simples: de tudo que você faturou, quantos % sobraram como lucro?

Rentabilidade é a relação do Lucro da empresa e o Investimento realizado – geralmente para iniciar o negócio.

Desta forma, a Lucratividade refere-se a quanto a empresa lucrou num determinado período (num mês, semestre, ano, etc.).

E a Rentabilidade refere-se ao quanto a empresa recuperou dos seus investimentos num determinado período.

Vamos ver na prática como calcular estes dois indicadores.

 

Lucratividade: como calcular

Os indicadores de lucratividade e rentabilidade são calculados por meio de fórmulas matemáticas.

Mas não se assuste, é bem simples de calcular.

Fórmula da Lucratividade:

Lucratividade = (Lucro / Receita Total) x 100

(lucratividade é igual ao lucro divididos pela receita total vezes 100)

Vamos colocar num exemplo pra ficar mais claro.

 

Imagine um comércio de móveis.

No primeiro trimestre do ano este comércio teve um faturamento bruto de R$ 100.000,00 (média de pouco mais de 30k por mês).

Após pagar...

...todos os custos variáveis (impostos, fornecedores, comissões, taxas de cartão, etc.),

...todas as despesas fixas (despesas administrativas, salários, pro-labore dos sócios, serviços de terceiros, etc.) e

...ainda pagar investimentos em marketing, treinamento e estrutura.

Este comércio obteve um lucro de R$ 12.000 neste trimestre.

Ou seja, faturou 100k e lucrou 12k.

Assim, a Lucratividade vai indicar quantos % este lucro representa em relação a receita.  Veja na fórmula:

Lucratividade = (Lucro / Receita Total) x 100

Lucratividade = (12.000 / 100.000) x 100

Lucratividade = 12%

 

A lucratividade deste comércio foi de 12%. Em outras palavras, a cada 1.000 (mil) reais de vendas, a empresa fez sobrar (lucrar) 120 reais.

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Rentabilidade: como calcular

Da mesma forma que a Lucratividade, a Rentabilidade é calculada por uma fórmula.

Fórmula da rentabilidade:

Rentabilidade = (Lucro / Investimento) x 100

(Rentabilidade é igual ao lucro divididos pelo investimento vezes 100)

 

Vamos manter o exemplo do comércio de móveis para colocar num exemplo.

Falei que este comércio no primeiro trimestre faturou 100 mil e lucrou 12 mil, certo?

Digamos que, no ano inteiro este comércio teve um faturamento de R$ 400.000 (quatrocentos mil reais) e um lucro de R$ 48.000 (quarenta e oito mil reais). A lucratividade dele foi os mesmos 12%, certo?

Para o cálculo da rentabilidade nós precisamos saber o investimento inicial para abrir o negócio.

Digamos que o Seu Joaquim (dono do comércio, rs) investiu R$ 120.000 (cento e vinte mil reais) para começar a empresa.

Assim, para calcular a rentabilidade basta colocar na fórmula:

Rentabilidade = (Lucro / Investimento) x 100

Rentabilidade = (48.000 / 120.000) x 100

Rentabilidade = 40%

Com estes números descobrimos que este comércio tem uma rentabilidade de 40%.

O que isso quer dizer? Que naquele ano a empresa recuperou 40% do seu investimento feito inicialmente.

Se fosse um negócio em início de operação e que conseguisse replicar esses números todos os anos, demoraria cerca de 2,5 anos para recuperar o investimento total. Para achar este número basta fazer a conta inversa, dividindo o investimento (120 mil) pelo lucro anual (48 mil).

lucratividade e rentabilidade - fórmulas

 

Lucratividade e Rentabilidade: como analisar?

“Ok Renan, entendi os conceitos e como calcular, mas e daí? Na prática o que isso quer dizer para meu negócio?”

Ótima pergunta! É fácil entender estes conceitos, mas pouca gente mostra o que fazer com eles na prática.

Vou listar abaixo algumas sugestões de análise a partir da lucratividade e rentabilidade do seu negócio.

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# Lucratividade dentro da média do setor?

Uma primeira análise é entender se a lucratividade da sua empresa está dentro da média esperada.

Em nosso guia sobre lucro nós damos algumas bases do que esperar de lucro para cada tipo de negócio.

 

# Rentabilidade: prazo de retorno dentro do aceitável?

Antes de iniciar o negócio, a partir de suas projeções financeiras, você pode ter uma estimativa de sua rentabilidade.

Se você procurar por modelos de franquia para comprar, será comum encontrar o “prazo de retorno”. Este prazo geralmente gira entre 2 e 4 anos para a maioria dos negócios de franquia.

Assim, se pelas suas projeções, o seu negócio vai ter um retorno a partir do 6º ano, por exemplo, pode ser o momento de repensar a forma com que está criando o negócio. Afinal, se existem opções que retornam o dinheiro em 2 anos, por que você vai investir em algo que vai demorar 6 para lhe dar seu dinheiro de volta?

 

# Rentabilidade: é melhor aplicar o dinheiro?

Ligado à análise acima, você pode comparar a rentabilidade do seu negócio com a de um investimento financeiro. Se sua empresa promete uma rentabilidade de 10% ao ano, então talvez seja melhor você aplicar o dinheiro num Tesouro Direto ou CDB e não correr os riscos da sua empresa própria.

Já se você prevê uma rentabilidade de 40% ao ano, aí vai ser difícil você conseguir uma aplicação financeira tão boa assim.

 

#Lucratividade: onde estão as falhas do meu negócio?

A Lucratividade normalmente está relacionada ao Lucro Líquido do negócio. Porém, dentro de uma estrutura mais completa de análise, você conseguirá definir outros indicadores de lucro, tais como a Margem de Contribuição, Lucro Operacional Antes dos Investimentos e Lucro Operacional.

A partir desta análise você conseguirá enxergar com mais clareza onde estão os pontos de melhoria do seu negócio. Recomendo fortemente ler nosso post sobre como calcular o lucro do seu negócio.

 

 

Rentabilidade de investimentos financeiros

O termo Rentabilidade é muito usado nos investimentos financeiros.

Quando você vai aplicar seu dinheiro no CDB, por exemplo, possivelmente você será informado que a rentabilidade dos últimos 12 meses foi de X%.

O conceito aqui é o mesmo. O quanto você lucrou em relação àquilo que você investiu.

Se você aplicou 1.000 reais e depois de 12 meses tinha 1.100 na conta, significa que sua rentabilidade anual foi de 10% (100 de lucro em relação aos 1.000 investidos)

A diferença é que numa aplicação financeira esta rentabilidade é mais óbvia. Você coloca um dinheiro e ele rende.

No seu negócio você tem inúmeras receitas e despesas, portanto você precisa apurar o lucro da empresa para aí sim calcular sua rentabilidade.

 

Rentabilidade de um Investimento

Acima expliquei a rentabilidade do negócio como um todo, ou seja, o quanto você está recuperando do valor investido para iniciar sua empresa.

Mas a mesma lógica pode ser aplicada para investimentos específicos na empresa.

Este número também é conhecido como ROI (em inglês Return on Investment), ou Retorno do Investimento.

Imagine que você vai fazer uma ação de marketing e pretende investir 10 mil reais.

Sua meta é transformar estes 10 mil numa venda bruta de 40 mil reais.

Desta forma podemos calcular o ROI bruto desta operação:

ROI = (Receita / Investimento -1) x 100

(Retorno do Investimento é igual a receita dividida pelos investimentos menos 1 vezes 100)

Assim, o cálculo no exemplo fica (vou quebrar em duas partes para não haver dúvidas):

ROI = (40.000 / 10.000 -1) x 100

ROI = (4 – 1) x 100

ROI = 300%

Neste exemplo, o retorno do investimento feito é de 300%.

 

Porém, aqui estamos calculando um ROI bruto, ou seja, a partir das vendas brutas.

Para aprofundar este cálculo, você pode entender a rentabilidade do investimento.

O cálculo da Rentabilidade é o lucro dividido pelo investimento, certo?

Ao calcular a rentabilidade de um investimento específico, você terá de achar o lucro do produto/serviço e dividir pelo respectivo investimento.

Este lucro do produto/serviço é a Margem de Contribuição. Recomendo a leitura deste artigo aqui para se aprofundar mais na questão.

 

Colocando em termos práticos...

Digamos que a Margem daquela venda de 40 mil reais seja de R$ 20 mil. Ou seja, metade da venda são custos do próprio produto (impostos, fornecedores, taxas de pagamento, comissão, etc.)

Assim, podemos calcular Rentabilidade desse Investimento com mais precisão:

Rentabilidade do Investimento = (Lucro da venda / Investimento -1) x 100

Rentabilidade = (20.000 / 10.000 -1) x 100

Rentabilidade = (2-1) x 100

Rentabilidade = 100%

 

Neste cenário temos um cálculo mais profundo. O investimento de 10 mil reais, nos deu um retorno real de 100%, já depois de tirados os custos da própria venda.

Aqui vemos a diferença entre o cálculo do ROI bruto (300%) e a Rentabilidade real da operação (100%). É preciso ficar atento a esses números para não tomar decisões equivocadas em seu negócio.

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Como aumentar a Lucratividade e Rentabilidade do negócio?

A Lucratividade e Rentabilidade são indicadores de resultado do seu negócio, logo, a intenção é tornar esses números melhores.

Quanto maior a lucratividade e maior a rentabilidade, melhor.

 

Como aumentar a Rentabilidade?

A rentabilidade é afetada por dois números: o lucro e o investimento.

Logo, para aumentar a rentabilidade você precisa aumentar o lucro e diminuir o investimento.

Para aumentar o lucro vou comentar no tópico a seguir.

Já na parte dos investimentos, a lógica é: quanto menor o investimento – em tese – mais fácil será de recuperá-lo.

Exemplo simples: quando eu e o Aleks, meu sócio, abrimos a 4blue lá em 2009, nós investimos 50 reais para começar o negócio. Foram 50 pila para imprimir cartão de visitas para os dois.

Ou seja, o investimento financeiro foi muito [muito] pequeno. Logo, foi muito fácil recuperar esse investimento.

Já um negócio que necessite de um investimento inicial de 1 milhão de reais, terá de gerar uma lucratividade muito maior para se pagar.

Mas aqui vale uma atenção: TEORICAMENTE um negócio com maior investimento inicial terá mais capacidade de gerar lucro. Teoricamente.

 

Como aumentar a Lucratividade?

Aqui o papo já fica mais complexo.

Existem 4 grandes fatores que influenciam na lucratividade do negócio:

>> Aumentar as vendas

>> Aumentar os preços

>> Diminuir custos variáveis

>> Diminuir despesas fixas

Trabalhar de forma eficaz nestes 4 pontos tem o real poder de turbinar os seus lucros. (nós temos uma ferramenta em Excel que te ajuda a analisar estes números. Dá uma olhada aqui)

 

Aqui vai uma dica de ouro: aumentar os preços, na maioria dos casos, é o fator que mais tem poder de alavancar os seus lucros.

Enquanto a maioria dos empresários ficam batalhando apenas para aumentar as vendas, em geral é um aumento de preço que tem o real poder de alavancar a lucratividade.

“Ah, mas se eu aumento meus preços, ninguém vai comprar de mim”

Este é um argumento válido, admito. Mas o ponto é: existe alguém no seu mercado que pratica preços superiores aos seus? Se sim, então provavelmente é possível aumentar os preços.

Este é um assunto mais complexo que não vou me estender aqui. Por hora entenda os 4 fatores que aumentam sua lucratividade e entenda que geralmente o aumento de preços é o que mais tem poder de aumentar os lucros.

--

Ufa!

Espero que tenha ficado mais claro as diferenças entre lucratividade e rentabilidade dentro do seu negócio.

São dois números que andam sem paralelo e que vão indicar se sua empresa está sendo bem sucedida ou não.

Cabe agora à você ter o pleno controle dos seus números 😉

E se quiser ir além, faz nosso curso grátis de finanças agora mesmo! \O/

 

Grande abraço e até a próxima!

Renan Kaminski, sócio da 4blue

 

 

Neste post vamos explicar de forma completa uma dúvida comum na cabeça dos empresários: como calcular o lucro do meu negócio?

Apesar do conceito ser simples, o cálculo pode esconder algumas armadilhas.

Não é raro encontrarmos empresários calculando de forma errada e obtendo prejuízos no negócio sem perceber.

 

De forma simples, o lucro é a diferença entre todas as receitas (de um negócio ou de um projeto) e todos os gastos envolvidos para esta operação funcionar.

Porém o cálculo do lucro pode ir além desta simplicidade...

Há outros indicadores de lucratividade que são importantes de se conhecer.

> O Lucro do produto/serviço (margem de contribuição)

> O Lucro Operacional Antes dos Investimentos

> O Lucro Operacional

> E o Lucro Líquido

 

Vamos começar pelo cálculo mais comum, o do Lucro Líquido.

 

Como calcular o Lucro Líquido

O Lucro Líquido é a diferença entre todas as receitas e todos os gastos da empresa.

De forma simplificada, calcula-se assim:

+ Receitas

– Custos Tributários

– Custos Fornecedores / Mercadorias

– Taxas de pagamento (ex.: cartão crédito)

– Despesas Administrativas

– Despesas com pessoal

– Outras despesas fixas

– Investimentos (marketing, infraestrutura, consultorias, etc.)

– Empréstimos e juros

= Lucro Líquido

 

Ou seja, o resultado líquido é a diferença entre tudo o que entrou e tudo o que saiu no período.

Porém, como falei acima, existem outras margens de lucro que você deve entender sobre o seu negócio.

Estes outros indicadores vão lhe mostrar de forma mais clara a realidade do seu negócio.

Vamos entender...

 

Como calcular o lucro no Fluxo de Caixa

Ao longo dos anos a 4blue desenvolveu um método de análise de Fluxo de Caixa mais completo e eficaz do que normalmente se ensina – em nossa opinião, pelo menos =P

Este método de análise de Fluxo de Caixa está descrito neste guia definitivo aqui. Se quiser se aprofundar, recomendo a leitura.

De qualquer forma, vamos entender a base da análise do lucro por meio do relatório de Fluxo de Caixa (FC).

 

Um relatório perfeito de FC irá ter a seguinte configuração:

+ Receita

– Custos Variáveis

= Margem de Contribuição

– Despesas Fixas

= Lucro Operacional Antes dos Investimentos

– Investimentos

= Lucro Operacional

+ou- Movimentações Não Operacionais

= Resultado Líquido

(Receita menos custos variáveis = Margem de Contribuição. Margem de Contribuição menos despesas fixas = Lucro Operacional Antes dos Investimentos (LOAI). LOAI menos investimentos = Lucro Operacinal. Lucro Operacional mais / menos movimentações não operacionais = Resultado Líquido)

 

Nesta análise nós temos 4 contas de resultado, ou seja, 4 margens de lucro:

Veja na tabela resumida abaixo como ficaria essa estrutura de Fluxo de Caixa na prática:

como calcular o lucro no fluxo de caixa

Para entender mais a fundo a leitura, acesse nosso artigo sobre Fluxo de Caixa aqui.

 

Observe que o Lucro Líquido (resultado líquido) que expliquei acima é a última linha do relatório.

Vamos entender os outros indicadores de lucro.

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Margem de Contribuição (lucro do produto / serviço)

Este é um dos conceitos mais importantes da gestão financeira empresarial.

A Margem de Contribuição é o valor que sobra das vendas para pagar as despesas fixas e investimentos. Ou seja, a Margem de Contribuição são as Receitas menos os Custos Variáveis.

Na contabilidade também pode ser conhecido como Lucro Bruto.

Então, na prática a MC vai dizer o quanto você está ganhando em cada produto ou serviço vendido.

Quando você vende um produto de 100 reais, por exemplo, você pensa que tem cemzão na mão. Mas se deste valor, os custos variáveis (diretamente atrelados ao produto) forem de 60 reais, significa que na prática você tem 40 reais na mão (100 da venda menos 60 dos custos variáveis).

Esses 40 que sobraram terão que te ajudar a pagar as demais contas fixas e investimentos.

O exemplo real abaixo, de uma lanchonete, ilustra muito bem esta situação:

como calcular o lucro margem de contribuição

Dos mais de 300 mil reais que entraram na conta, sobrou 61 mil para pagar as despesas fixas.

Assim, para responder “como calcular o lucro” do seu negócio, você precisa conhecer a sua Margem de Contribuição.

Este é o primeiro indicador de eficiência das suas finanças.

Mas não é o único...

(para se aprofundar mais em todos esses conceitos, recomendo que leia também nosso artigo "Lucro. Tudo que um empresário precisa saber")

Como calcular o Lucro Operacional Antes dos Investimentos

O segundo indicador de lucro que você deve estar presente é o LOAI – Lucro Operacional Antes dos Investimentos.

Ele vai lhe dizer o quanto sua empresa lucrou na operação essencial do seu negócio . Ou seja, ele vai dizer se sua empresa é boa ou não.

O cálculo é simples:

LOAI = Margem de Contribuição – Despesas Fixas

Ou de outra forma, para não haver dúvidas:

LOAI = Receitas – Custos Variáveis – Despesas Fixas

 

O Lucro Operacional Antes dos Investimentos é o arroz com feijão do seu negócio. Se consistentemente este número estiver negativo, talvez seja hora de repensar e fechar o seu negócio.

 

Como calcular o Lucro Operacional

Se o LOAI é “antes dos investimentos”, significa que há um “investimentos”.

Os investimentos são gastos nos quais você pretende ter um retorno a curto, médio ou longo prazo.

Assim, a margem de Lucro Operacional é calculada da seguinte forma:

Lucro Operacional = Lucro Operacional Antes dos Investimentos – Investimentos

Ou então, de forma mais completa, para não haver dúvidas:

Lucro Operacional = Receitas – Custos Variáveis – Despesas fixas – Investimentos

 

Lembre como fica dentro do relatório de Fluxo de Caixa:

como calcular o lucro operacional no fluxo de caixa

O Lucro Operacional vai dizer se a operação do seu negócio é rentável ou não.

 

Ou seja, aqui você já recebeu seu dinheiro dos clientes, já pagou todos os custos variáveis, todas as despesas fixas e todos os investimentos. O que sobrar é o seu Lucro Operacional.

 

Voltando ao Lucro Líquido

No início deste post eu mostrei que havia 4 indicadores de lucro que você precisa acompanhar:

 

O último deles é o Lucro Líquido ou Resultado Líquido.

Aqui a fórmula é mais simples: tudo que entrou menos tudo que saiu.

Em nossa estrutura de Fluxo de Caixa você poderá perceber que há um “Movimentações Não Operacionais” na conta

Confira novamente lá em baixo:

como calcular o lucro líquido

As Movimentações Não Operacionais podem ser entradas ou saídas que não fazem parte da operação da empresa. Ou seja, é uma grana que entrou ou que saiu, mas que não tem relação com o cerne do negócio.

Ex.: entradas com captação de empréstimo ou venda de equipamentos usados. Ou então saídas com o pagamento de empréstimos e de juros bancários.

 

Portanto, o Lucro Líquido é calculado da seguinte forma:

Lucro Líquido = Lucro Operacional + Entradas Não Operacionais – Saídas Não Operacionais

Ou então, de forma mais completa para não haver dúvidas:

Lucro Líquido = Receitas – Custos Variáveis – Despesas fixas – Investimentos + Entradas Não Operacionais – Saídas Não Operacionais

 

Como falei, é a diferença entre tudo que entrou e tudo que saiu.

 

E então, como calcular o lucro?

Como eu falei no início, o conceito de lucro é simples, mas o seu cálculo pode esconder algumas armadilhas.

Aqui você viu que o cálculo do lucro pode ir muito além da diferença de entradas e saídas.

Ao “quebrar” a estrutura de análise em mais partes, você vai ter uma visão melhor do seu negócio.

E no fim das contas, este é o grande ponto da gestão financeira: enxergar com clareza os números para tomar melhores decisões e, consequentemente, ter mais lucro.

Por fim, ainda faltou um último conceito:

 

Como calcular o lucro em porcentagem

Para calcular o lucro em porcentagem basta pegar o lucro e dividir pela receita. Após isso, multiplique por 100 e achará o lucro percentual.

Exemplo: uma empresa que teve uma receita (faturamento) de 50.000 e um lucro líquido de 10.000. Para achar o lucro em porcentagem basta dividir 10.000 (lucro) por 50.000 (receita). O resultado será 0,20. Então, multiplique este valor por 100 e achará o resultado final: 20% de lucro.

Isso significa que de todo o faturamento (50 mil) a empresa teve 20% de lucro (10 mil).

 

Para não haver dúvidas, a fórmula do lucro em porcentagem é:

Lucro % = (Lucro / Receita) x 100

[lucro divididos pela receita e depois multiplicado por 100]

 

Achar a margem de lucro percentual do negócio irá lhe ajudar a ver os números de forma mais simples e clara.

Uma empresa que tenha um lucro anual de 1 milhão de reais pode parecer um bom negócio. Mas se você entender que o faturamento dela foi de 100 milhões, irá perceber que ela teve um lucro percentual de apenas 1%. Ou seja, o que poderia parecer um ótimo negócio, talvez esteja a apenas um erro de se tornar um negócio com prejuízo.

 

Se você quer calcular o seu lucro com precisão e ter melhor clareza dos seus números, recomendo fortemente que você faça o curso grátis de gestão financeira da 4blue.

 

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Grande abraço!

Renan Kaminski | sócio da 4blue

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Se você tem um negócio (ou vai montar um), existe um grande objetivo financeiro: gerar lucro.

Cada empresa tem seu propósito, sua missão e sua contribuição para a sociedade. Mas quando se fala dos aspectos financeiros, não há outro indicador mais importante. Ou você gera lucro ou sua empresa não vai dar certo.

Portanto, neste artigo a equipe da 4blue vai dissecar a temática lucro para pequenas empresas.

lucro

Aqui vale um alerta: este post não tem fins acadêmicos, mas sim fins práticos. Ou seja, não estamos escrevendo para quem quer fazer uma prova, mas sim para empreendedores que estão no campo de batalha e precisam de informações práticas e sem academicismos. Ok? 😉

O que é lucro?

De forma simples, o lucro é a diferença entre todas as receitas (de um negócio ou de um projeto) e todos os gastos envolvidos para esta operação funcionar.

Assim, o lucro é a métrica financeiro do sucesso da sua empresa.

O lucro da empresa serve para:

> Criar reservas financeiras e dar mais segurança para o negócio

> Permitir novos investimentos para que a empresa continue crescendo

> Remunerar melhor os sócios

> Remunerar melhor os colaboradores através da divisão de lucros, como uma forma de bonificação

Na prática este é o indicador financeiro mais importante do seu negócio.

Se você não acompanha o lucro do seu negócio de perto, você está cometendo um erro grave em sua empresa!

Abaixo mostraremos como calcula-lo, qual a lucratividade ideal, erros que os empresários cometem e outra cositas más 😉

Como calcular o lucro do seu negócio

Apesar do conceito ser simples, o cálculo pode esconder algumas armadilhas.

Não é raro encontrarmos empresários calculando de forma errada e obtendo prejuízos no negócio sem perceber.

Quando falamos de “lucro”, o que vem a cabeça é a diferença entre todas as receitas e todos os gastos. Este é o lucro líquido.

Mas há outros indicadores que são importantes de se conhecer.

> O Lucro do produto/serviço (margem de contribuição)

> O Lucro Operacional Antes dos Investimentos

> O Lucro Operacional

> E o Lucro Líquido

Nós escrevemos um artigo mais completo sobre como calcular o lucro. Neste artigo detalharemos melhor todos esses itens. Confere aqui.

Por aqui vamos trabalhar  mais o conceito de Lucro Líquido. O LL é a diferença entre todas as receitas e todos os gastos da empresa.

De forma simplificada, calcula-se assim:

+ Receitas

- Custos Tributários

- Custos Fornecedores / Mercadorias

- Taxas de pagamento (ex.: cartão crédito)

- Despesas Administrativas

- Despesas com pessoal

- Outras despesas fixas

- Investimentos (marketing, infraestrutura, consultorias, etc.)

- Empréstimos e juros

= Resultado Líquido

Observe que calcular o lucro do negócio é uma conta simples, mas ao mesmo tempo que envolve diversos números.

Por isso ter um bom controle financeiro atualizado é essencial para o negócio.

Basta esquecer um numerozinho e sua análise já estará errada!!

Lucratividade: o que é e como calcular

A Lucratividade do negócio é a proporção do Lucro em relação a Receita da empresa. Ou seja, de todo o faturamento, quantos % sobrou como lucro.

O cálculo é simples:

Lucratividade = Lucro Líquido / Receita

(lucro líquido divididos pelo receita)

Este indicador ajuda a entender como está o seu negócio em termos comparativos, tanto com a sua própria empresa, quanto em relação a outros negócios.

Explico:

Você pode fazer uma análise de que o lucro líquido do ano passado foi de R$ 50.000, enquanto o resultado deste ano fechou em R$ 80.000.

Isso significa que um aumento de 60% de um ano para o outro (fórmula: 80.000 / 50.000 -1).

Mas e a lucratividade?

Imagine que no ano passado a empresa faturou 300.000, enquanto neste ano o faturamento foi de 800.000.

Isso significa que a lucratividade do ano 01 foi de 16% (50 mil de lucro divididos por 300 mil de faturamento); enquanto a lucratividade do ano 02 foi de 10% (80 mil divididos por 800 mil de faturamento).

Percebeu que apesar de o lucro ter aumentado, a lucratividade diminuiu? Ou seja, a eficiência da empresa piorou.

Assim, o indicador da lucratividade ajuda você a comprar a eficiência do seu negócio no momento atual versus um momento passado.

Ao mesmo tempo, você pode analisar seu negócio em relação ao negócio de terceiros. Se sua lucratividade atual é de 10% enquanto a média do seu setor é de 15%, significa que você está sendo menos eficiente que a média.

Explicamos mais sobre lucratividade neste post aqui.

Lucratividade e Rentabilidade. Qual a diferença?

Expliquei acima o que é a Lucratividade. Este conceito as vezes é confundido com Rentabilidade.

Lucratividade e Rentabilidade são conceitos que tem relação com o lucro do negócio, mas que na prática são bem diferentes.

A Lucratividade mostra o quanto sua empresa lucrou em relação ao quanto faturou.

A Rentabilidade mostra o quanto sua empresa está recuperando de um investimento feito.

Da mesma forma que a Lucratividade, a Rentabilidade é calculada por uma fórmula.

Fórmula da rentabilidade:

Rentabilidade = (Lucro / Investimento) x 100

(Rentabilidade é igual ao lucro divididos pelo investimento vezes 100)

Imagine que um determinado negócio teve um Lucro de R$ 80.000 no ano. E o Investimento inicial para começar o negócio foi de R$ 200.000.

Com isso você consegue calcular a Rentabilidade:

Rentabilidade = (80.000 / 200.000) x 100

Rentabilidade = 40%

Isso significa que neste determinado ano a empresa recuperou 40% do seu investimento inicial.

Existem algumas análises importantes a se fazer da Lucratividade e Rentabilidade do seu negócio. Recomendo que leia nosso artigo completo sobre o assunto (clica aqui).

Lucro na DRE vs Lucro no Fluxo de Caixa

Possivelmente você já ouviu falar nesses dois termos: DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) e Fluxo de Caixa.

DRE e Fluxo de Caixa são relatórios financeiros que ajudam a entender a realidade financeira da empresa. Apesar das semelhanças entre os dois, eles trabalham a partir de princípios diferentes.

A DRE cria-se a partir do Princípio da Competência, enquanto o Fluxo de Caixa a partir do Princípio de Caixa.

Essa diferença tem algumas implicações. Abordaremos elas em breve num artigo.

Na prática a principal diferença está na forma como as vendas e seus respectivos custos são tratados.

Na DRE, as vendas são contabilizadas no ato, independente da forma que você vai receber esse dinheiro.

No fluxo de caixa você contabiliza conforme entra o dinheiro.

Ou seja, se você fez uma venda de 1.000 parcelada em 4x, ficaria assim:

DRE: 1.000
Fluxo de Caixa: 250 | 250 | 250 | 250

(Na DRE a venda é contabilizada no mês em que ocorreu. No Fluxo de Caixa você dá a entrada conforme o dinheiro de fato entra na conta.)

Por causa dessas (e outras) diferenças o lucro da DRE e o lucro do Fluxo de Caixa tendem a apresentar números diferentes.

Para uma pequena empresa, se tiver que optar pela DRE OU pelo Fluxo de Caixa, escolha sempre o Fluxo de Caixa, pois ele representa a realidade nua e crua do seu dinheiro, ok?

Nós temos um post super completo sobre Fluxo de Caixa. Confere aqui!

Lucro Operacional: o que é e como calcular

Lucro Operacional é o quanto a operação da sua empresa está dando de lucro. Ou seja, considerando todas as entradas e receitas que fazem parte da operação, quanto está sobrando ou faltando.

Para ficar mais claro:

Itens que fazem parte da operação (que influenciam no resultado operacional) são aqueles que estão diretamente ligados ao negócio. Vendas dos produtos/serviços, impostos, custos das mercadorias, comissões, despesas administrativas, despesas com pessoal, investimentos em marketing, estrutura, em consultorias, etc.

Itens que não fazem parte da operação (não operacionais) são entradas com captação de empréstimos, capitalização dos sócios, vendas de equipamentos usados. Já saídas não operacionais são os pagamentos dos empréstimos, juros, assaltos (acontece =\), e a própria distribuição de lucros dos sócios.

Assim, de forma simplificada o Lucro Operacional calcula-se assim:

+ Receitas

- Custos Variáveis

- Despesas Fixas

- Investimentos

= Lucro Operacional

Portanto, o Lucro Operacional indica se o seu negócio está sendo viável ou não operacionalmente.

Já o Resultado Líquido (que abordamos lá em cima) vai considerar todas as movimentações, inclusive as entradas e saídas não operacionais.

Um negócio que persiste em ter um Resultado Operacional negativo (prejuízo operacional) está fadado ao fracasso.
Espero que você esteja acompanhando este indicador em seu negócio 😉

Qual a Margem de lucro ideal para seu negócio

Entendido o que é Lucro Operacional, podemos avançar para entender qual seria este número ideal.

Primeiro: não existe um número único e universal. Cada negócio tem suas particularidades, ok?

Aqui conseguimos dar uma noção geral da margem de lucro adequada por tipo de negócio.

Margem de Lucro para Serviços

Prestadores de serviços tem margens altas, mas geralmente uma capacidade de venda baixa. Como prestadores de serviços geralmente dependem de horas de trabalho, é um modelo que tende a ter dificuldades maiores para aumentar constantemente suas vendas.

Assim, as margens de lucro operacional idealmente variam entre 20% a 35%.

Margem de Lucro para Serviços com Comissão*

Alguns prestadores de serviços pagam comissão para colaboradores/parceiros. Exemplo: dentistas, cabeleireiros, nutricionistas, etc.

Assim, neste modelo de negócios as margens automaticamente são diminuídas (mas a capacidade de venda aumentada).

Então a margem de lucro operacional ideal vai estar muito próxima a de comércios, entre 10% a 20%.

Margem de Lucro para Comércio / Produtos

Comércios em geral tendem a ter margens de lucro menores que prestadores de serviços. O comércio tem um custo da mercadoria, enquanto o prestador de serviço muitas vezes tem apenas seu tempo trabalhado.

Em contraposição, comércios tendem a ter uma capacidade de venda maior que a de prestadores de serviços.

Assim, a margem de lucro interessante para comércios varia de 10% a 20%. Em casos de produtos com um bom valor agregado, estas margens podem ser até maiores.

Margem de Lucro para Indústria

Indústrias são as que tendem ter as menores margens de lucratividade.

Seguindo a lógica acima, a indústria tem altos custos, mas também tem uma grande capacidade de venda.

Enquanto o serviço tem margens altas e baixa escala, a indústria tem margens pequenas, mas uma alta escala.

Então a margem de lucro ideal para indústrias vai variar entre 5% e 10%.

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Lucro zero: o Ponto de Equilíbrio

Falamos acima da margem ideal de lucratividade por tipo de negócio.

Porém, muitas empresas estão buscando para simplesmente não ter mais prejuízo.

Elas estão buscando atingir o Ponto de Equilíbrio Financeiro. O PE é o mínimo que a empresa precisa faturar para pagar todas as contas e não ter prejuízo.

Em outras palavras: quando a empresa atinge o Ponto de Equilíbrio ela não teve lucro, mas também não teve prejuízo. Ficou no zero a zero.

O PE é uma fórmula calculada assim:

PE = Gastos Fixos / % da Margem de Contribuição

(Ponto de Equilíbrio é igual aos Gastos Fixos divididos pelo percentual da Margem de Contribuição)

Este cálculo é de extrema importância para todos os negócios e lhe permite ter uma base mínima das metas a serem atingidas.

Neste post aqui nós explicamos detalhadamente como fazer esse cálculo do Ponto de Equilíbrio. Lá você poderá baixar gratuitamente uma planilha em Excel para auxiliar no cálculo.

Se sua empresa não está sendo lucrativa, o primeiro passo é chegar no zero a zero. Para tal você precisa ter a clareza desta meta a ser alcançada.

Distribuição de Lucros: quanto posso retirar?

A distribuição de lucros é o principal fator que faz um empresário se tornar rico.

Mas quanto devo retirar?

Será que devo retirar?

(neste post falamos sobre distribuição de lucros de forma mais profunda)

Basicamente você tem que avaliar em qual dos 3 níveis sua empresa está:

Nível 1: ou está muito iniciante ou praticamente não tem lucro. Neste caso, o melhor é não retirar nada.

Nível 2: empresa é lucrativa e tem reservas financeiras razoáveis. Aqui a maior parte dos lucros fica com o negócio, mas você já pode fazer uma distribuição entre os sócios. 30% do lucro é um número interessante.

Nível 3: empresa lucrativa e com ótimas reservas financeiras. Caso você não tenha grandes planos de expansão, você pode retirar a maior parte dos lucros para os sócios, mas sempre deixando uma parte para a empresa, ok?

A palavra chave na distribuição de lucros é: bom senso.

Falácia do lucro de 100%

Você já deve ter ouvido falar frases como “tenho 100% de lucro” ou então “fulano de 200% de lucro”.

Pois bem, apesar de bem intencionada, tecnicamente esta frase está incorreta.

É impossível uma empresa ter 100% de lucro. Esta é uma grande falácia.

A verdade é que estes “100%”, “200%”, etc. de lucro, referem-se a outro conceito: o mark-up (ou taxa de marcação).

O lucro sempre é calculado em cima do faturamento.

Então dizer que você tem 100% de lucro seria como dizer que sobrou (lucrou) tudo o que você vendeu. Isso é impossível.

Neste caso, o certo é dizer que você tem um mark-up de 100% ou 200% ou 345%. Aí tudo bem.

O mark-up (ou taxa de marcação) é a diferença que você aplica entre o preço de venda e o custo do produto. Se você tem um produto que te custa 50,00 e você o vende por 100,00, significa que seu mark-up é de 100%.

Se você quiser compreender mais profundamente, recomendo que leia nosso artigo: Você nunca teve e jamais terá 100% de lucro.

Não vejo o lucro: quando é hora de parar e fechar o negócio?

Quase metade das empresas fecham suas portas em menos de dois anos de existência.

Por vários motivos essas empresas acumularam prejuízos e foram obrigadas a fechar as portas.

Mas com saber se o negócio realmente não dá certo e é hora de fechar?

O segredo está no Lucro Operacional.

Se consistentemente a empresa não dá resultado operacional, o problema é grave. Ou seja, se mesmo excluindo da conta todos os juros e empréstimos pagos ainda assim o negócio não é positivo, significa que há algum problema operacional na empresa. Provavelmente será um misto de vendas ruins, margens baixas e despesas altas.

Cabe ao empreendedor entender quis resultados ele precisa alcançar para que a empresa fique positiva.

Se você avalia que está MUITO longe de alcançar tal resultado, possivelmente seja hora de dar um passo atrás e tentar vender ou fechar o negócio.

Você pode entender esta análise de forma mais profunda aqui.

Cultura de lucro. Sua empresa tem?

Tudo isso que abordamos neste post pode se resumir nestas poucas palavras: cultura de lucro.

Cultura de Lucro é você ter toda a empresa focada no lucro.

São os colaboradores entendendo a lógica financeira e comprometidos com o aumento das vendas e com a redução de custos.

São os sócios tratando o dinheiro da empresa como dinheiro da empresa e não como dinheiro pessoal.

Cultura de lucro é toda primeira semana do mês você estar com o financeiro fechado e analisando dos números, sempre procurando oportunidades de melhoria.

É a empresa gerando resultado positivo de forma consistente.

Toda empresa precisa ser lucrativa, ou seja, gastar menos do que recebe e vice-versa.

Uma boa gestão financeira é o que vai permitir o seu negócio ter o lucro desejado e assim lhe dar a liberdade que você gostaria.

Aqui resumimos um arsenal de conteúdo sobre lucro. Espero que tenha gostado =)

Se gostou, compartilha este post nos botões abaixo e deixa seu comentário 😉

Grande abraço!!

Renan Kaminski | criando empresas altamente lucrativas

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É muito comum ver empresários que não tem nenhum tipo de reserva financeira ou não sabem investir dinheiro corretamente.

Será que você é um desses empresários? Descubra agora!

Será que você é um bom ou mau investidor?

Antes de tudo, responda as perguntas abaixo para descobrir se você está investindo bem ou mau seu dinheiro:

1. Você consegue investir dinheiro consistentemente (o ideal é todo mês) fora da sua empresa? Seja em CDBs, Tesouro Direto, Imóveis, etc.?

Observação: aqui não vale uma eventual reserva financeira da empresa. Tem que ser o dinheiro pessoal do sócio.

2. Você consegue separar, em média, pelo menos 10% do seu salário e aplicar esse dinheiro?

(se você cometer um dos erros que mostrarei, invariavelmente sua resposta será não para essa pergunta acima)

3. Você tem recursos pessoais aplicados em CDB ou Tesouro Direto?

4. Você enxerga claramente, num futuro de 15 anos, a possibilidade de ter renda passiva (renda que vem de juros de investimentos) suficientes para pagar suas contas pessoais mensais?

Se você respondeu NÃO para duas ou mais perguntas, tenho uma má notícia: você não é um bom investidor!

E se esta é sua situação, provavelmente você está cometendo, no mínimo, um dos três erros abaixo:

(ou até mesmo os três)

Erro #1: Não ter um salário

Este é o erro mais clássico de todos e que a grande maioria dos empresários cometem.

Se você não tem um salário mensal definido, suas contas pessoais se misturam com a conta da empresa.

Este erro afeta não apenas sua capacidade de investimento, mas tem outras consequências muito sérias em todo o seu negócio.

Se você não tiver uma política de salário, como você vai investir um dinheiro que você nem sabe ao certo que tem?

DICA: inscreva-se no nosso Curso Grátis de Gestão Financeira para Pequenas Empresas para começar a solucionar este erro – e outros – nas finanças da sua empresa.

Erro #2: Não ter uma empresa Altamente Lucrativa

O sócio de uma empresa deve ter dois tipos principais de remuneração:

- o salário fixo

- e a distribuição de lucros (em cima do que realmente lucrou)

Esta distribuição de lucros tem o poder de turbinar a renda do empreendedor. Pode dobrar, triplicar, dependendo do caso, pode aumentar em 10x sua renda anual.

Porém pra isso acontecer, você precisa ter uma empresa que lucre de verdade!

Então, ter um lucro baixinho, ficar no zero a zero ou, principalmente, ter prejuízo não vai ajudar em nada!

Erro #3: Investir dinheiro no lugar errado

Já viu alguém tentando diminuir seus ganhos?

Difícil, né? Mas é o que muito empreendedor faz com seus investimentos...

O sujeito conseguiu estipular um salário fixo, construiu uma empresa que lucra, criou a política de investir todo mês, mas na hora de investir erra feio.

Não é raramente que vemos empreendedores com montes de dinheiro na poupança ou então com todo seu capital imobilizado em imóveis ou terrenos.

A longo prazo, pequenas diferenças de juros fazem graaandes diferenças.

Portanto, não adianta apenas investir o dinheiro, tem que saber investir!

Se você quer aprender mais sobre investimentos, clica aqui e confira essa aula online e gratuita da GuiaInvest — empresa expert em finanças pessoais e investimentos.

Conclusão

Uma coisa importante que todo empresário precisa ter em mente é:

Sua riqueza pessoal não pode depender apenas da sua empresa!

Ou seja, você não pode deixar todos os ovos na mesma cesta.

Por isso que todo mundo – seja empresário, autônomo, assalariado – precisa investir dinheiro todo mês.

Mas se você estiver cometendo os erros acima, você vai estar mais longe desta liberdade financeira.

Compartilha esse artigo pra ajudar outros empresários a lidarem melhor com seu dinheiro ⤵️

Plano de Negócios é o principal método para ajudar empreendedores a organizarem seus novos negócios.

Criar negócio é uma atividade muito complexa...

É preciso imaginar quais clientes você vai atender, o que você vai entregar, quantos funcionários vai precisar, também precisa definir sua classificação legal, quantos sócios, onde será a sede...

Porém um Plano de Negócios te ajuda com isso tudo isso e mais! Confira:

O que é e como criar um Plano de Negócios?

Plano de Negócios é um documento contendo todas as premissas de um novo negócio.

As informações contidas variam, mas de maneira geral segue-se a estrutura abaixo:

  1. Sumário Executivo
  2. Dados Jurídicos/Tributários do Negócio
  3. Descrição do Mercado
  4. Descrição da Oferta
  5. Modelo de Negócio Proposto
  6. Estratégia e Marketing
  7. Definição de Equipe
  8. Plano Financeiro

Veja cada um com mais detalhes:

1. Sumário Executivo

O sumário executivo é o primeiro item do plano de negócios, porém é feito por último.

Ele basicamente é o resumão de todas as informações que vão ser detalhadas ao longo do plano.

Serve como índice para se encontrar no plano e ter uma visão geral do que esta sendo proposto.

2. Dados Jurídicos e Tributários do Negócio

Agora, deve-se incluir os dados burocráticos do negócio como classificação, endereço, dados dos sócios, regime tributário, entre outros.

3. Descrição do Mercado

A primeira área mais estratégica do plano de negócio é a definição de mercado/problema.

Basicamente, aqui você deve descrever as razões que te fazem acreditar que o mundo precisa da sua oferta.

Ou seja, deve-se expor comportamento que reforcem a sua ideia de negócio e também dados quantitativos no mercado, sempre que possível!

4. Descrição do Produto

Depois que você encontrou um mercado que é realmente interessante, você deve expor qual seria a sua oferta para ele.

Assim, é interessante demonstrar o alinhamento entre o mercado e oferta, além de demonstrar os recursos necessários para realizá-la.

5. Modelo de Negócio Proposto

Agora, você deve estruturar como o negócio deve funcionar segundo os 9 blocos:

  1. Segmento de Clientes
  2. Oferta de Valor
  3. Canais de Distribuição
  4. Relacionamento
  5. Fontes de Receita
  6. Recursos Chave
  7. Atividades Chave
  8. Parceiras
  9. Estrutura de Custos

6. Estratégia e Marketing

Seguindo os dados do seu plano de negócios, você deve provar que conseguirá levar o seu produto até o mercado alvo.

Para isso, você vai avaliar seu posicionamento estratégico fazendo os exercícios de Porter, SWOT e marketing mix.

O resultado disso será uma estratégia de marketing bem avaliada e proposta em cima de métodos comprovados de gestão!

7. Definição de Equipe

As pessoas são sempre o coração de qualquer negócio, do MEI às grandes empresas.

Uma parte essencial do seu plano de negócios será provar que você possui as pessoas corretas, na hora certa, para fazer seu negócio deslanchar de verdade!

8. Plano Financeiro

Por fim - mas normalmente a área mais analisada e trabalhosa do plano de negócio - existe o plano financeiro.

Nele, tudo que foi definido anteriormente, será convertido em números:

Para esse tutorial de plano de negócios no excel, usamos como referência a ferramenta da LUZ, nossos parceiros. Eles oferecem essa planilha já pronta para uso! Para baixar uma versão demonstrativa é só clicar aqui!

Dois empreendedores. Um sonho em comum. Histórias muito diferentes. Mas com um final incrivelmente triste.

Vamos chamar o primeiro empreendedor de José. José presta serviços na área de eventos há mais de 20 anos.

Começou como autônomo e aos poucos foi crescendo. De autônomo virou empresário. Contratou pessoas, melhorou a estrutura, conseguiu cobrar mais. Depois de uma década de trabalho duro ganhou bastante dinheiro. Estava tão bem que até resolveu construir uma sede própria.

Muitos anos depois do primeiro empreendedor, o segundo resolveu abrir sua empresa. Vamos chamá-la de Maria. Maria e seu esposo sempre trabalharam em comércio. Há menos de três anos resolveram abrir sua própria empresa – com o dinheiro que economizaram durante os anos, investiram num pequeno mercadinho.

Maria realmente conseguiu criar um negócio diferenciado, bem planejado, com uma boa localização, boa infraestrutura e bons funcionários. Tinha tudo pra dar certo.

Os dois empreendedores têm histórias de vida completamente diferentes, mas um mesmo sonho: fazer suas empresas se tornarem grandes.

Porém, como diria o poeta, havia uma pedra no meio do caminho.

José sempre foi aquele cara “vendedorzão”. Logo, nunca se atentou muito às finanças. Sua gestão financeira basicamente era: “Tem dinheiro na conta? Sim. Tem mais do que tinha no mês passado? Sim. Então está tudo bem”. E, de fato, durante muito tempo tinha dinheiro na conta. E por muito tempo esteve tudo bem.

Já Maria e seu esposo sabiam da importância de ter uma boa gestão financeira, mas tinham preocupações demais para ter um controle financeiro realmente bom. Assim, faziam meia dúzia de contas de padaria e tocavam o negócio.

Dois empreendedores. José e Maria.
Um sonho em comum. Fazer sua empresa crescer e dar certo.
Histórias muito diferentes. Um empreende há vinte anos, o outro há três. O primeiro com serviços, o segundo com comércio.

Mas com um final incrivelmente triste. Suas empresas faliram.

Sim, suas empresas faliram. Apesar dos 20 anos do primeiro empreendedor, sua empresa faliu. Apesar do planejamento do segundo empreendedor, sua empresa faliu.
O primeiro empreendedor, José, não tinha gestão financeira. Enquanto suas vendas estavam boas, parecia não fazer diferença. Porém, como sabemos, nem sempre as coisas vão bem. Quando as vendas começaram a cair e o negócio apertar, a falta de gestão financeira fez toda a diferença.

A segunda empreendedora, Maria, não tinha gestão financeira. Seu negócio tipicamente tem margens muito apertadas. Assim, cada centavinho, cada percentualzinho pode fazer uma grande diferença. E quando você trabalha com margens tão apertadas a falta de gestão financeira fez toda a diferença – e muito rápido.

José entrou numa bola de neve. Ficou com dívidas equivalentes a mais de 10 vezes o seu faturamento mensal. Ficou inviável de continuar pagando as contas.

Maria também entrou numa bola de neve. Também ficou com dívidas equivalentes a mais de 4 vezes o seu faturamento mensal. Ficou inviável de continuar pagando as contas.

Dois empreendedores. Um sonho em comum. Histórias muito diferentes. Mas com um final incrivelmente triste.

Além do sonho em comum, ambos tinham uma gestão financeira – falha – em comum.
Ao fazer algumas perguntas, os empreendedores diferentes tinham respostas iguais...

As finanças pessoais dos sócios são completamente separadas das finanças pessoais da empresa? “Não...”
A empresa consegue ter PLENO controle sobre cada centavinho que entra e cada centavinho que sai? “Não...”
A empresa faz análises constantes do seu Fluxo de Caixa“Não...”

Dois empreendedores. Um sonho em comum. Histórias muito diferentes. Mas com um final incrivelmente triste.

O grande ponto agora é: será que você não é o José ou a Maria?

Será que você também não está deixando sua gestão financeira de lado?
Será que você não está minimizando a importância de uma boa gestão financeira porque suas vendas estão boas?
Ou será que não está deixando pra organizar depois visto que está sem tempo agora?

Esta foi a história do João e da Maria. Porém, eu realmente espero que não seja a sua também.
Os dois terão que recomeçar, mas você tem tempo de melhorar ainda. Portanto, comece a melhorar a partir de hoje!

Quer aprender a elaborar um Fluxo de Caixa que gere informações e ações para seu negócio?

Neste guia mostramos o caminho inicial para montar um Fluxo de Caixa perfeito.

O que é Fluxo de Caixa?

Primeiro ressalto que este post não é para contadores e acadêmicos, que possuem conceitos um pouco diferentes. Este post é dedicado aos empreendedores que precisam de uma ferramenta prática para o dia a dia.

O Fluxo de Caixa nada mais é do que um filme da situação financeira da sua empresa. Se você está numa luta e tira uma foto, você consegue ver o que está acontecendo naquele momento da luta, mas dificilmente sabe quem ganhou (a não ser que já seja a foto final).

Então o Fluxo de Caixa serve para analisar o filme da empresa, como esta a situação financeira em cada mês e em cada conta. Qual o produto que mais vende, quais as contas mais representativas, qual a Margem de Contribuição, quanto está se gastando com fornecedores e muito mais.

Em resumo o Fluxo de Caixa serve para analisar os números da sua empresa de forma rápida e direta.

Qual a sua Importância?

Depois da explicação acima fica clara a sua importância certo? Sem um fluxo de caixa você não sabe nem quanto tem de lucro na sua empresa, quanto mais onde você pode cortar, quais os produtos mais vantajosos e tantas outras análises que o Fluxo de Caixa faz (veja no Guia Definitivo do Fluxo de Caixa estas análises).

O Fluxo de Caixa lhe trará informações precisas e importantes do seu negócio. Se você não sabe o seu Lucro ou seu Ponto de Equilíbrio, o que mais você sabe então?

Qual a estrutura o Fluxo de Caixa precisa ter?

É extramente importante você seguir a lógica correta do Fluxo de Caixa para uma análise precisa. Preste bem atenção no que eu vou dizer, muita gente ensina ou passa um modelo de Fluxo de Caixa que não gera possibilidade de Análises, como por exemplo do Ponto de Equilíbrio.

Fluxo de Caixa não é simplesmente Entrada e Saídas. Elas precisam ser divididas de uma maneira correta. E a maneira certa é esta abaixo:

Com esta divisão correta é possível encontrar algumas informações importantes rapidamente, como Margem de Contribuição (que fará a gente calcular o Ponto de Equilíbrio), Lucro Operacional e Lucro Líquido.

Lembrando que para uma leitura completa, veja o nosso Guia Definitivo de Fluxo de Caixa.

É possível aumentar os lucros do negócio seu negócio, sem precisar vender mais. Fato.

Mas outro fato é que se sua empresa não vender o suficiente, não há santo que salve! Assim, para ter lucro e crescer, além de outras coisas (como ter um fluxo de caixa bem controlado e analisado), você precisa vender mais.

E aí vem o ponto central deste post: "caro demais" é diferente de "eu não tenho dinheiro para pagar".

A maior objeção declarada dos clientes é: “está caro”. Porém, dizer que está caro é o mesmo que dizer “não vi valor o suficiente no seu produto”.

*obs.: quando eu falar produto, serve para serviços ou qualquer coisa que você venda, ok?

Muitas vezes o mesmo cliente que não compra de você, compra de um concorrente por um preço superior – algumas vezes muito superior.  Ou seja, ele achou caro O SEU PRODUTO, mas isso não quer dizer que ele não tinha dinheiro o suficiente para pagar.

Você só irá aumentar as vendas se o seu cliente enxergar valor o suficiente no seu produto

Assim, para cada cliente que recusar fazer negócios com você, pergunte-se:

“Como posso fazer o meu cliente trocar o ‘está caro’ por ‘eu seria um idiota se não aproveitasse esta oportunidade’”

Quando você chegar neste nível, você não precisará mais se preocupar com suas vendas.

Você também deve ter. Quase todo mundo tem e quase todo mundo acha ligeiramente incômodo. Sabe aquela tia, prima ou avó meio bruxa, que olha para você e do nada lança aquela flecha certeira naquilo que você está pensando ou sentindo? Pois é....

A gente chama essas pessoas de intuitivas. Algumas pessoas veem nisso uma qualidade meio mágica. Outras pessoas, como o ganhador do prêmio Nobel de economia, Daniel Kahneman, veem nisso uma capacidade de reconhecimento de padrões.

Para ele, intuição, o tiro certeiro com informações aparentemente insuficientes, é uma habilidade adquirida pelo cérebro de absorver sinais sutis de um cenário complexo, enxergar uma coerência, e de um conjunto enorme de informações extrair um sentido. Extrair um dado certeiro. Que fará toda a diferença naquela situação.

Um bom gestor financeiro tem isso. Aliás, tem que ter isso. Você pode chamar essa habilidade de intuição, de reconhecimento de padrões. Eu chamo de olhar clínico treinado.

E hoje eu quero ajudar você a treinar seu olhar no fluxo de caixa. É simples. É fácil. E você nunca mais vai ver seu fluxo de caixa com os mesmos olhos. ; )

Você vai aprender a gostar (de verdade) de Fluxo de Caixa.

Quando você souber extrair daquelas centenas de números diferentes aquele que mais importa, aquele que deve ser o foco total da sua atenção, esse será o momento que você começará a ser certeiro na suas decisões. Certeiro nas suas estratégias. Certeiro na sua liderança.

Agora um alerta. Este conteúdo é para quem já domina os conceitos básicos do Fluxo de Caixa. Se este ainda não é o seu caso, clique aqui e confira nosso post especial sobre Fluxo de Caixa. Depois volte para cá.

2 números “mágicos”

Lucro

Responda rápido: entre o 1) Lucro Operacional ANTES dos investimentos, 2) o Lucro Operacional (que é o que vem DEPOIS dos investimentos) e 3) o Resultado Líquido, qual destes 3 é o mais importante?

Resultado líquido, certo? Certo?

Errado.  (lembrando que se você não sabe a diferença entre eles, leia este artigo que explica bem)

Claro que ele é um indicador muito importante. Claro que você deve estar muito atento ao resultado líquido mensal na sua empresa. Afinal é ele que vai te informar se faltou ou sobrou dinheiro no final do mês para pagar as contas.

Mas o indicador que realmente INDICA se a saúde da sua empresa está indo bem é o Lucro Operacional Antes do Investimento. Vou chamar ele carinhosamente de LOAI de agora em diante para poupar meus dedos de digitar tanto, ok?

Você precisa entender essa lógica.

Veja, digamos que você seja proprietário de um mini-mercado. Num determinado mês você resolveu trocar todas as suas geladeiras. Você fez um investimento de 20 mil reais em freezers novos, etc.

Esses 20 mil vão impactar o LOAI negativamente? Não!

Veja a estrutura do PLANO DE CONTAS do nosso Fluxo de Caixa (um detalhe nosso Fluxo de Caixa usa uma estrutura adaptada muito mais apropriada para pequenas empresas, ok? Não é para acadêmicos, mas para pessoas com um forte senso prático)

Estrutura do Plano de Contas

  1. Receitas (+)
  2. Custos Variáveis ( - )
  3. ( = ) Margem de Contribuição
  4. Despesas Fixas ( - )
  5. ( = ) LOAI
  6. Investimentos ( - )
  7. ( = ) Lucro Operacional
  8. Entradas ( + ) e Saídas ( - ) Não operacionais
  9. ( = ) Resultado Líquido

Viu que os investimentos vem DEPOIS do LOAI?

Uma outra maneira de falar a mesma coisa é: as despesas que são típicas da OPERAÇÃO DO DIA-A-DIA do seu negócio são apenas 1) Custos Variáveis e 2) Despesas Fixas.

Ora, se isso é verdade, então também é verdade que o verdadeiro indicador da capacidade OPERACIONAL da sua empresa de “produzir” dinheiro é o LOAI.

Volte e olhe lá de novo para a os 5 primeiros itens da estrutura do Plano de Contas que eu coloquei acima.

Não é o Lucro Operacional, nem muito menos o Resultado Líquido (que considera as Movimentações Não Operacionais como aporte de capital de sócio, pagamento de juros bancários por conta atrasada, etc.)

Se você tem um Resultado Líquido negativo durante 3 meses seguidos, isso não é legal. Se o seu Lucro Operacional (item 7) fica negativo por 3 meses, isso também não é legal, mas nesses DOIS CASOS pode haver uma explicação do tipo: você fez mais investimentos, você distribuiu mais lucros para os sócios, etc.

Ou seja, não é legal ficar negativo aí, mas também não é o fim do mundo.

Mas se o seu LOAI fica por vários meses negativos isso é DESASTROSO!! Isso significa que a OPERAÇÃO do seu negócio não está se pagando!

Então, a partir de hoje, fique muito mais atento ao LOAI.

Aliás, mais do que ficar atento ao valor absoluto. Fique atento ao PERCENTUAL. Quantos por cento da sua receita se transformar em LOAI, mês após mês.

Essa sua RENTABILIDADE medida no nível do LOAI está aumentando ou caindo? Este é o indicador mais importante que você tem que acompanhar a evolução. Pois é ele que irá dizer se a OPERAÇÃO do seu negócio (como capacidade de “produzir” dinheiro) está evoluindo ou definhando.

Ficou claro?

Margem de Contribuição - MC

Taí um indicador que quase ninguém presta atenção, mas que faz toda a diferença! Sobretudo para empresa de produtos.

Como o Renan explicou neste vídeo aqui, depois que você retira das Receitas os Custos Variáveis, aquilo que sobra é a Margem de Contribuição.

Se você tivesse uma loja de roupas em que na média você gastasse 55 reais para comprar as peças de roupa (fornecedor, impostos, comissão etc.) e revendesse por 100, então sua Margem de contribuição seria de 45 por cento. Certo? Certo?

Certo, sim. Dessa vez não tem pegadinha. ; ) Isso porque sobra 45 reais para pagar as DESPESAS FIXAS e esse é exatamente o conceito de Margem de Contribuição.

Portanto, quanto mais baixa sua MC, menos você tem para pagar as despesas fixas. Ou em outras palavras ainda: quanto mais baixa sua MC, mais seu dinheiro foi “comido” por Custos Variáveis. Ficou claro?

Agora vamos com calma: porque vamos juntar mais um conceito. Porque eu digo que MC é tão importante? Por que ele é o segundo “número mágico”?

Pelo seguinte: poucos empresários sabem, mas a fórmula de PONTO DE EQUILÍBRIO se baseia fundamentalmente no percentual de MC da sua empresa.

A fórmula é bem simples:

Ponto de Equilíbrio = Despesa Fixa / % da MC

Assim, quando seu MC cai, seu ponto de equilíbrio aumenta. (Aprenda mais sobre Ponto de Equilíbrio e Margem de Contribuição no nosso e-book Gestão Financeira em 5 Passos).

Ou seja, quando sua Margem de Contribuição cai, fica mais difícil pagar as contas fixas e fechar o balanço no azul.

Ou eu poderia dizer ainda de outra forma. Quando o MC cai, a sua Despesa Fixa fica mais “cara”.  (mesmo que ela não aumente um centavo sequer)

Faz sentido?

Se não fez ainda 100% de sentido para você, vamos ver este exemplo e um Ponto de Equilíbrio por Despesa Fixa pontual.

Digamos que você vai contratar um funcionário. Só para facilitar o cálculo digamos que você gastaria apenas 1000 reais por mês com esse funcionário (já considerando todos os encargos).

Quanto ele tem que gerar A MAIS DE RECEITA para poder se pagar? Basta aumentar em 1000 reais a receita?

De jeito nenhum. Você tem que lançar na fórmula de PONTO DE EQUILÍBRIO.

Nós chamamos isto de cálculo do ponto e equilíbrio ESPECÍFICO por investimento. Ao invés de analisar a despesa fixa total, nós analisamos o quanto sua empresa precisa faturar para cobrir esta despesa mensal a mais. Ok?

No caso do nosso exemplo o Percentual de MC era de 45% (se lembra? )

Então Ponto de Equilíbrio específico vai ser igual a 1000 reais DIVIDIDO por 0,45. Isso é igual a R$ 2.222,22.

Ou seja, nesta situação de uma Margem de Contribuição de 45% seu funcionário teria que gerar uma receita a MAIS de R$ 2.222,22 para “se pagar”.

Agora se sua MC caísse, o que iria acontecer com este Ponto de Equilíbrio ESPECÍFICO do seu novo colaborador?

Vou colocar uma tabela para vários MCs. Veja esses novos Pontos de Equilíbrio são sempre para o MESMO COLABORADOR que custa os mesmos R$ 1.000,00, ok?

Você percebeu que se a gente colocar estes dados num gráfico o resultado será uma CURVA e não uma linha reta? Isso porque o Ponto de Equilíbrio Específico dá SALTOS MUITO MAIORES mais no final da tabela. Veja a curva:

E esses resultados acima são isso mesmo. Não é um truque matemático não. Se o seu MC é de 45% um funcionário tem que gerar a mais de receita R$ 2.222,22.

Mas se o seu MC fosse de apenas 10%, seu funcionário teria que gerar R$ 10.000,00 a mais de receita SÓ PARA SE PAGAR. Pois é... sei que você quase caiu da cadeira agora...

E isso que a gente nem está falando dele gerar lucro ainda!

É isso que eu quis dizer com a frase lá de cima:

“Quando o MC cai, a sua Despesa Fixa fica mais “cara”.  (mesmo que ela não aumente um centavo sequer)”

Agora ficou claro, certo?

Muitos empresários quebram sua própria empresa porque não compreendem este conceito. E isso é sério.

Agora o mais importante: na prática para você evitar a queda da sua MC você precisa se concentrar em 2 coisas.

Gasto com fornecedor é óbvio. Quanto mais caro seu fornecedor, menor será sua MC.

O problema é que um DESCONTO, ao diminuir sua receita, também faz sua Margem de Contribuição cair.

E isso é um mal que aflige 90% dos pequenos empresários, e provavelmente aflige você também: eles não tem uma POLÍTICA DE DESCONTO definida.

O cliente entra na loja, dá uma choradinha, joga um verde (e isso que ele já estava decidido a comprar de você), conta uma história triste, e seu vendedor ou você mesmo dá um belo desconto sem fazer cálculo nenhum.

Sem perceber que às vezes um desconto de 5% “apenas” está fazendo cair sua MC, e portanto está deixando sua Despesa Fixa mais “cara”, e, com muita frequência está comendo quase todo o seu lucro.

(VEJA MAIS SOBRE ESTA SITUAÇÃO NESTE POST)

Então a partir de agora, acompanhe com carinho o seu percentual de Margem de Contribuição, ok? Ele e o LOAI são os “números mágicos” mais importantes do seu Fluxo de Caixa.

Você tem que ter eles na ponta da língua, se um dia alguém te perguntar. Ok?

Eu sei que no começo analisar um Fluxo de Caixa parece uma coisa chata. Mas só é assim porque você ainda não treinou o seu olhar clínico. Você vai ver, com mais tempo e mais experiência, que seu Fluxo de Caixa está querendo te contar uma história.

Basta ouvir.

Ele está querendo apontar para você a direção do lucro, do crescimento e do sucesso. Basta saber ver.

E lembre: você não está sozinho nessa jornada. Se você ainda não tem um Fluxo de Caixa, nós ajudamos você a ter um, essa é a especialidade da nossa consultoria.

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