O que é Lucratividade, como Calcular e por que a 4blue decidiu diminuí-la.

(e não é loucura)

                                                                                                                                   

Se você acompanha a 4blue sabe que sempre.. sempre.. mas sempre meeeeesmo ressaltamos que o indicador financeiro mais importante para uma empresa é a Lucratividade.

Mais do que faturamento, mais do que vendas e mais do que outros indicadores. (lembrando que estou falando de indicador financeiro)

Mais do que “quanto entrou” é importante sabermos “quanto sobrou”.

Mas neste post eu vou explicar o porquê decidimos diminuir nossa lucratividade.

O que é Lucratividade?

É o índice que mostra como seu lucro está. Em exemplo, se você fatura 100mil e tem um lucro de 10mil, sua lucratividade é de 10%.

Ou seja, de todo o seu faturamento, você pagou todas as suas contas e no final sobraram 10%.

Por isso que é o indicador mais importante para uma empresa.

Qual a lucratividade esperada para cada tipo de empresa?

Esta informação varia muito. Mas é basicamente assim:

E por que isso? Uma empresa de serviço normalmente tem pouco custo variável e tem uma capacidade máxima de vendas. Por exemplo, um salão de beleza.

Imagine que trabalho sozinho. Eu não consigo cortar infinitos cabelos. Desta forma eu faturo menos, mas meu lucro proporcional é maior.

Já uma loja de roupa pode ter uma capacidade maior de aumentar as vendas. Mas possui muito custo envolvido para isso, por isso a lucratividade esperada por cair.

Mas então é melhor abrir uma empresa de serviço?

Não, a lucratividade é uma proporção. Se você tem um salão de beleza que fatura 10mil e tem lucratividade de 20%, você terá 2mil de lucro.

Já uma loja que fatura 50mil, mas tem uma lucratividade de 10% vai ter 5mil de lucro.

Cada caso é um caso.

Mas você precisa ficar atento a esse percentual. É o mais importante, sem dúvida alguma.

(nós temos um guia completo sobre Lucro. Você pode acessá-lo aqui).

Histórico de lucratividade da 4blue!

Pensando nisso, sempre nos focamos na lucratividade.

E nos últimos 12 meses nossa lucratividade média está bem boa. A média é de 32,7%

Ou seja, de tudo o que faturamos. Pagamos pessoal, pró-labore, nossa estrutura, investimentos, impostos, etc e etc e sobra 32,7%

 

O que é muito bom e deve ser muito comemorado (inclusive sempre vamos numa churrascaria se no bimestre a média for superior a 30%)

Mas...

Mas...

Mas...

Uma reunião em junho de 2017 as coisas mudaram.

Decidimos “diminuir” nossa lucratividade de forma forçada.

Isso mesmo:

Vamos forçar a diminuição de nossa lucratividade.

 

Por que decidimos diminuir a nossa lucratividade?

 

Bem, se você reparar ali em cima, a lucratividade vem depois de pagar custos variáveis, fixos e investimentos (pode ler mais neste artigo sobre estas categorias).

A 4blue vem crescendo constantemente desde 2009.

E só conseguimos crescer porque investimos muito.

A nossa missão é fazer pequenas empresas crescerem. Principalmente no pensamento de grande empresa.

Muitas empresas continuam pequenas por medo de investir. Ou até mesmo por não saber onde e quanto investir.

O ponto é: a 4blue investe muito. Para você ter uma ideia, nos últimos 12 meses investimos em média 23,2% de nosso faturamento.

Investimento é crescimento! Ponto!

Mas é claro que para isso você precisa ter noção do quanto você pode ou não investir. Não vá saindo investindo em tudo o que vem na cabeça que não é bem assim.

O grande ponto é que com 30% de lucratividade e já com uma reserva financeira de quase 12 meses (ou seja, se pararmos de faturar hoje, entrar zero, nadinha, conseguimos pagar toda nossa estrutura por 12 meses).

Enfim.... com uma reserva e um lucro desse temos uma gordurinha a mais para investir ainda mais.

(não pense que quando a gente não tinha reserva a 4blue não investia, pelo contrário. Desde 2009 a gente investe com o objetivo de crescer. Lembre sempre disso).

Então é por isso que resolvemos “diminuir” nossa lucratividade. Tudo o que ficar acima de 15% iremos reutilizar para investir, seja em Marketing, Cursos, Consultorias, Mentorias, Pessoal.

Iremos nos focar em investir no que vai trazer mais resultado para as pequenas empresas e para a 4blue.

O objetivo é crescer e crescer... e crescer... e crescer.... e com isso ajudar cada vez mais empresas do mundo inteiro.

Se quer crescer junto com a gente teremos o enorme prazer em contribuir com você. Já fez nosso curso grátis? CLIQUE NESSE LINK E INSCREVA-SE

Já fez nossa aula grátis de Gestão Financeira em 5 Passos? Segue link aqui.

Invista em você mesmo, invista em sua empresa e colha os frutos =D

Opaaa, Renan Kaminski, da 4blue na área!

Deixa eu te perguntar:

O seu negócio tem uma Cultura de Lucro?

Ou seja, uma cultura voltada para o Lucro do negócio?

Pode até parecer uma pergunta retórica e boba, mas juro que não é.

Desde o início da 4blue (quando ainda era KaminskiAvalca – se você nos acompanha a mais tempo, sabe que este nome estroncho era o nome da 4blue, rsrs) eu sempre participar de vários grupos de empresários.

E sempre percebi que fala-se muito de vendas, de marketing, de atendimento... mas pouco fala-se de LUCRO.

Realmente sinto a falta de uma cultura de lucro na grandiosa maioria das empresas.

“Mas, Renan, o que você quer dizer com cultura de lucro?”

Cultura de lucro é...

... você entender com clareza as margens dos seus produtos e serviços;

... saber qual o mínimo que você precisa faturar para, pelo menos, ficar no zero a zero;

... saber quanto você precisa faturar para ter X% de lucro;

... olhar impreterivelmente o lucro mês após mês

... ter uma meta clara de lucro para cada mês e analisar se está atingindo tal meta ou não

... fazer com que todos os colaboradores da empresa entendam o mínimo de gestão financeira empresarial e também pensem nos lucros da empresa.

Enfim... cultura de lucro é se focar no número que mais importa do seu negócio: o lucro.

 

E como criar uma Cultura de Lucro em meu negócio?!

Você pode começar com 4 simples passos:

 

1. Enxergar os números

Não tem como fugir...

Fazer o controle financeiro é um saco? É.

Mas como você vai ter uma cultura de lucro se você nem souber direito qual o lucro do negócio?!

Impossível né...

Assim, você precisa ter o registro de todas as informações num software ou numa planilha que lhe gere automaticamente um relatório de Fluxo de Caixa e lhe permita enxergar o lucro do mês.

 

2. Ter uma meta de lucro

É importante você saber o que quer alcançar para saber se está caminhando na direção certa.

Caso você não tenha a mínima ideia de qual deve ser sua lucratividade, dê um chute. Estabeleça uma meta arbitrariamente e depois você faz os cálculos com calma.

Veja: a meta não continuar na base do chute, ok? Bem de começo pode até funcionar, mas depois é necessário criar uma meta real baseada nos dados da empresa.

 

3. Toda primeira semana do mês analise seus resultados

Dedique-se alguns minutos a olhar o realizado do mês anterior e pergunte-se: o que devemos fazer para melhorar os resultados?

Lembre-se que, essencialmente, para aumentar os lucros, ou você aumenta os recebimentos ou diminui os gastos.

 

4. Premie pelo lucro

A partir de suas metas de lucro, crie bônus para você e para os colaboradores.

Na 4blue, por exemplo, quando atingimos uma lucratividade bimestral de 30%, a empresa nos paga um almoço. Além disso, temos uma meta anual que pode nos dar um salário extra e ainda a distribuição dos resultados que acontece uma vez por ano.

 

Estes são os primeiros passos. Existe mais uma série de coisas que você pode (e deve) fazer para aumentar os lucros do negócio.

Mas o começo de tudo é olhar para esse número.

Blz?

E se quiser saber mais sobre o tão famigerado lucro, confere esse post aqui.

 

Grande abraço!

Renan Kaminski

Precisamos encarar a realidade: talvez você já tenha se perguntado isso.

Se não, eventualmente pode vir a ter essa reflexão sobre seu negócio.

Se você está no primeiro grupo, que já pensou em fechar a empresa, leia esse texto com seriedade (por mais que não seja agradável). Caso esteja no segundo grupo, é bom saber o que analisar caso este momento chegue.

Vamos lá... na prática podem existir centenas de motivos que podem fazer você querer fechar seu negócio. Desde “perdi o tesão” até “ganhei na loteria”.

A 4blue é especialista em finanças, então vou analisar FINANCEIRAMENTE quando talvez seja o momento de encerrar a operação do seu negócio, ok? O assunto é mais complexo do que pode ser tratado em poucos parágrafos, mas mostrarei de forma simples...

Olhando apenas financeiramente, uma empresa deixa de fazer sentido quando ela para de gerar riqueza aos sócios. Pior ainda é quando ela começa a gerar dívidas para os sócios.

“Renan, quer dizer, então que se a empresa está endividada está na hora de fechar as portas?”

É um indicativo, mas não necessariamente.

Existe um indicador que vai lhe mostrar claramente quando seu negócio já não tem sustentabilidade:

É o LUCRO OPERACIONAL (ou Saldo Operacional, ou Resultado Operacional, enfim).

Dentro da metodologia financeira desenvolvida pela 4blue, geramos um relatório que tem – de forma ultra simplificada – a seguinte estrutura:

RECEITAS

(-) CUSTOS VARIÁVEIS

(-) DESPESAS FIXAS

(-) INVESTIMENTOS

***= LUCRO OPERACIONAL***

Assim, o Lucro Operacional é a diferença entre todas as entradas operacionais e saídas operacionais, isto é, o dinheiro que faz parte da operação do negócio: fornecedores, impostos, salários, prestadores de serviços, salário dos sócios, investimentos em marketing, etc. etc. etc.

>>Atente-se: nesta conta não entra o pagamento de empréstimo e juros bancários. Por isso se chama Lucro Operacional.

Os empréstimos, numa estrutura correta de análise, devem ser considerados separadamente do resultado operacional. Ficaria assim:

RECEITAS

(-) CUSTOS VARIÁVEIS

(-) DESPESAS FIXAS

(-) INVESTIMENTOS

***= LUCRO OPERACIONAL***

+ ENTRADAS NÃO OPERACIONAIS (recebimento de empréstimos)

(-) SAÍDAS NÃO OPERACIONAIS (pgto empréstimos e juros)

= RESULTADO LÍQUIDO

[para entender perfeitamente como analisar o Fluxo de Caixa da sua empresa, recomendo ler este artigo aqui.]

A análise é simples... o Lucro Operacional tem que ser positivo. E ponto.

Se o Lucro Operacional do seu negócio for negativo, significa que você tem sérios problemas. Significa que sua empresa não está se pagando.

É a partir deste momento que os empréstimos começam a se formar no negócio. O prejuízo operacional vai comendo as reservas financeiras até acabar o dinheiro. Depois que acaba o dinheiro, ou o sócio coloca grana do bolso ou pega um empréstimo. A partir daí é que começa o efeito bola de neve.

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Vamos bolar dois exemplos para ficar mais fácil a compreensão.

#Exemplo1 – Lucro Operacional positivo, mas Resultado Líquido negativo.

Imaginemos a empresa “Bola Redonda” que tem a seguintes estrutura (média mensal):

RECEITAS.....................................50.000

(-) CUSTOS VARIÁVEIS..............(25.000)

(-) DESPESAS FIXAS...................(15.000)

(-) INVESTIMENTOS...................(5.000)

***= LUCRO OPERACIONAL***.. 5.000 | 10%

+ ENTRADAS Ñ OPERACIONAIS..0,00

(-) SAÍDAS Ñ OPERACIONAIS.....(10.000)

= RESULTADO LÍQUIDO.............(5.000) | -10%

 

Esta empresa tem um Lucro Operacional positivo de 5 mil, porém, após pagar empréstimos e juros, ela fica com um saldo negativo de 5 mil.

Esta empresa está saudável? Não. É hora de pensar em fechar as portas? Não.

A operação desta empresa é positiva. O que está matando-a é o excesso de empréstimos e juros.

Desta forma, se a Bola Redonda reagir, renegociando com fornecedores, otimizando despesas, renegociando dívidas, e buscando aumentar as vendas, não será difícil de ela voltar a ter um resultado positivo.

Já a situação da empresa “Bola Murcha” parece boa, mas não é...

[Para aprender mais sobre Lucro, confere este artigo aqui]

 

#Exemplo2 – Lucro Operacional negativo, mas sem nenhum empréstimo

A empresa “Bola Murcha” tem a seguinte estrutura (média mensal):

RECEITAS.....................................50.000

(-) CUSTOS VARIÁVEIS..............(28.000)

(-) DESPESAS FIXAS...................(20.000)

(-) INVESTIMENTOS...................(7.000)

***= LUCRO OPERACIONAL***.. (5.000) | -10%

+ ENTRADAS Ñ OPERACIONAIS..0,00

(-) SAÍDAS Ñ OPERACIONAIS.......0,00

= RESULTADO LÍQUIDO.............(5.000) | -10%

 

 

Veja que o resultado líquido das duas empresas é o mesmo: 5.000 negativos. Porém, apesar de não estar endividada, o negócio da Bola Murcha está muito pior, pois ela não tem lucro operacional.

Ou seja, a empresa bola murcha não está fazendo seu negócio se pagar.

O fato de ela não ter empréstimos significa que, ou ela está consumindo o caixa gerado no passado ou o sócio está bancando – mas neste último caso o dinheiro do sócio teria que aparecer nas entradas não operacionais. Neste ritmo, começar a pagar empréstimos é só uma questão de tempo...

Esta empresa está saudável? Não. É hora de pensar em fechar as portas? Talvez.

 

Massss, antes de sair fechando empresas por aí, você precisa ponderar algumas coisas (listando apenas algumas):

 

Enfim, este texto já está se alongando demais.

Para resumir:

>> Se sua empresa está sistematicamente operando com Prejuízo Operacional, talvez seja hora de pensar em fechar o negócio.

>> Meses eventuais com prejuízo operacional, ok, faz parte do jogo. Agora, se sua empresa está há 6 meses; 12 meses; 24 meses... operando sem lucro, tem coisa muito errada aí.

 

Como eu falei no início, não é uma coisa agradável a se pensar, mas ser empresário implica em tomar decisões difíceis.

Espero que tenha lhe ajudado!

Aproveite para compartilhar este post e disseminar este conhecimento 😉

Grande abraço!

Renan Kaminski Damasceno

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Se você fosse obrigado a adotar uma política de Redução de Custos no seu negócio, por onde você começaria?

Você há de concordar que para uma empresa sobreviver e crescer ela precisa lucrar, certo?

Pois bem, existem apenas duas coisas que você pode fazer para aumentar seus lucros:

Tudo, tudo, tudooo, tudinho que você fizer no seu negócio, vai ter como objetivo aumentar as receitas ou diminuir os gastos. Ponto.

Neste artigo vamos mostrar 6 dicas muito simples para Redução de Custos em sua empresa.


Se você realmente está comprometido em reduzir custos do negócio (e, consequentemente ter mais lucro), recomendo você baixar o e-book que criamos com 44 dicas para Redução de Custos.

Redução de custos banner-min


Antes de conhecer as seis dicas, precisamos entender o:

Princípio Fundamental da Redução de Custos

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Na realidade existem dois princípios fundamentais, porém um deles é um pouco mais complexo de explicar – por isso deixamos a explicação detalhada em nosso e-book, então vou me focar em um dos princípios:

Não ignore os pequenas gastos

Raramente você terá uma grande despesa que poderá ser eliminada (ou reduzida) e que por si só salvará a empresa.

Não! Redução de Custos acontece em pequenas coisas. Justamente por isso estamos lhe dando seis sugestões para reduzir custos (além das 38 dicas adicionais que estão no e-book)

Tem duas frases de grandes empresários que ilustram esta lógica:

“Pressuponha um Crescimento Zero de Custos Operacionais. Isso significa a eliminação de custos desnecessários como um meio de vida

James Kilts – Ex-CEO da Gillete

Kilts fala que boa parte das empresas acaba pensando em reduzir custos apenas em épocas de crise, porém, ele diz que isto deve ser feito como um meio de vida, ou seja, a todo o tempo reduzir custos!

"Custo é como unha. Tem de cortar sempre"

Beto Sicupira – mega empresário brasileiro sócio de empresas como AB-InBev, Burger King e Heinz

E sabe o que acontece com sua unha quando você não a corta? Ela cresce! Logo, SEMPRE você precisa cortar custos, menos aqueles pequenos e insignificantes, mas que ao final do ano tem uma boa representatividade.

Pense que: uma redução de “apenas” 20 reais por mês, significa uma redução de R$ 240 ao ano.

Se você conseguir 5 reduções de “apenas” vintão mensais, significa que você estará economizando mais de 1.000 ao ano!

Portanto, não ignore os valores pequenos! Somados eles fazem uma graaaande diferença!

As 06 dicas simples para redução de custos

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1. Desligar os monitores ao sair do escritório (e demais eletros que ficam ligados).

Parece bobo, mas quase todas as pessoas deixam os monitores ligados – eles ficam com a luz piscando durante diversas horas.

O princípio vale para qualquer equipamento que tenha uma luzinha mesmo quando desligado – micro-ondas, roteador, modem, filtro de linha, carregador de laprop, etc.

Outra forma de economizar energia é trocando equipamentos muito velhos, como geladeiras, por exemplo, que consomem bastante eletricidade.

2. Pare de ouvir o ronco do motor

Ao utilizar o carro, troque a marcha até a rotação 25rpm – esta troca “rápida” de marcha pode fazer você economizar até 50% de combustível!

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Manter a manutenção em dia também ajuda a economizar combustível – pneu descalibrado, e desalinhado e velas desgastadas, por exemplo, prejudica a performance do carro.

E se você tem o comportamento de acelerar o carro mesmo que o semáforo esteja fechado, para frear com força em cima da hora, pare já com isso! (este em especial me deixa bem irritado, não faz sentido uma pessoa fazer isso! rs)

3. Não faça compras com uma visão de conforto pessoal

Muitas vezes o empreendedor faz compras para a empresa pensando com a cabeça de pessoa física, pagando caro por luxos que são irrelevantes para os negócios.

Poderíamos citar vários casos que já presenciamos, mas talvez você mesmo já tenha se acusado nesse aspecto! 😉 A redução de custos começa na sua própria cabeça!


Redução de custos banner-min


4. Sempre negocie com as operadoras de telefone fixo, celular e internet

A concorrência é grande e de tempos em tempos você pode conseguir melhores condições.

Atente-se que alguns consultores comerciais destas empresas podem vir com aquela história de “você vai precisar contratar XYZ (desnecessário pra você), mas daqui um mês eu cancelo para você”.

E aí passa um mês e o sujeito não consegue cancelar ou talvez desapareça do mapa. Tome cuidado com tais promessas!

Antes de fechar com um concorrente, peça o cancelamento do serviço atual, pois muitas vezes a empresa tual pode fazer uma oferta ainda melhor!

Extra: Procure planos de telefonia de pessoa física também, as vezes eles saem mais em conta do que para pessoas jurídicas.

5. Crie vídeo-treinamentos para os funcionários

É essencial evitar a rotatividade de pessoas na equipe, mas por mais que você reduza, sempre haverá troca de funcionários - e até mesmo o crescimento da equipe.

Sabe aquele treinamento que você sempre dá aos colaboradores? Que tal transformá-lo num vídeo?

Você vai poupar muito o seu tempo, como empreendedor. Depois, basta sentar com o colaborador para tirar as dúvidas e dar os toques finais.

E sempre que o colaborador tiver dúvidas quanto sua tarefa, ele pode revisitar os vídeos.

Tempo é dinheiro!

6. Tenha a certeza de que está fidelizando seus clientes – e sendo eficiente no atendimento inicial

Captar um novo cliente sai muito mais caro do que manter os atuais - estudos apontam que é 6x mais caro captar um novo cliente.

Portanto, quando você consegue ter uma boa parcela de seu faturamento vinda dos clientes fiéis, pode não parecer, mas você está economizando dinheiro!

Ao mesmo tempo, sua eficiência na hora de fechar um novo cliente é extremamente importante. Já cansei de tentar contratar ou comprar algo, mas a ineficiência do fornecedor (demora para responder, descaso, mau atendimento, má vontade, etc...) me fez desistir de efetivar a compra.

Faça um teste agora mesmo:


Aqui apresentamos apenas 6 dicas das 44 que separamos num e-book gratuito. Clique aqui agora para fazer o download e começar com o corte de custos!

Passo a Passo para uma boa Redução de Custos

Cada empresa tem suas peculiaridades. As 44 dicas que separamos são aplicáveis na grande maioria dos casos, mas ainda assim você deve seguir alguns passos para conseguir gerenciar melhor os custos do negócio e ter mais lucros.

Passo 1: Tenha controle de cada centavo que entra e que sai

É impossível você gerenciar uma conta que você nem percebe que existe. Portanto, você precisa , sim, ter um controle financeiro perfeito de cada centavinho que entra e que sai.

*Eu conheço uma empresa especialista na implementação destes controles. Fica a dica 😉

Passo 2: Estruture um relatório da forma correta

Nós temos um guia completo de como elaborar um Fluxo de Caixa, que você pode conferir aqui.

Resumidamente você vai estruturar as contas conforme os grupos: custos variáveis, despesas fixas, investimentos e saídas não operacionais.Se você conseguir levantar a média de gastos dos últimos 6 ou até 12 meses será perfeito!

Passo 3: Analise quais são as contas mais relevantes

Tendo um relatório dos gastos em mãos, você conseguirá perceber facilmente quais são as contas mais relevantes no seu negócio. Geralmente será a conta de Pessoal e, em caso de comércio, as contas de Fornecedores também.

Passo 4: Comece a definir o que fazer

Quais destas contas podem ser renegociadas? Quais podem ser eliminadas? Quais podem ser substituídas por outro fornecedor? Em quais você pode simplesmente reduzir o uso? É importante listar tais ações.

Passo 5: Não esqueça das contas menores

Com certeza haverá um conjunto de contas pequenas que, isoladamente, não representam tanto, mas que em conjunto, podem representar uma boa redução de custo

Passo 6: Seja criativo

Muitas vezes fazemos algo simplesmente “porque sim”, ou seja, seguimos a manada ou fazemos porque sempre foi feito desta forma. Esta na hora de repensar os velhos hábitos de gestão.

Desde o software que é utilizado até o número de funcionários que a empresa precisa – colocando a criatividade para funcionar você pode encontrar formas alternativas de fazer o negócio funcionar.

Passo 7: Aja!

Não adianta deixar os planos no papel. Após listar tudo o que pode ser feito, defina prazos e responsáveis. Comece pelas contas mais fáceis e vá migrando para as mais complexas de serem reduzidas.

(Obs.: no e-book “44 dicas efetivas para redução de custos na sua empresa”, lhe damos um presentinho extra que ajuda, e muito, no estabelecimento das ações para reduzir os custos)

Agora é sua vez de começar com a redução de custos!

> Lembra que para aumentar os lucros, ou você aumenta a receita ou diminui os gastos. Diminuir os gastos está muito mais sob seu controle do que aumentar as vendas!

> Anota todas as dicas aqui e coloca um prazo para serem implementadas!

> Baixa nosso e-book com todas as dicas e potencialize ainda mais suas possibilidades de redução de custo

> E, aproveita que você está aí, e compartilha este e-book com os amiguinhos =D

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Você sabe qual é o mínimo que sua empresa precisa faturar para não ter prejuízo?! (o famoso Ponto de Equilíbrio Financeiro)

Sabe com certeza ou sabe naquela conta de padeiro meia boca?

O cálculo do ponto de Equilíbrio Financeiro é uma das informações mais importantes que um empresário deve conhecer – e ao mesmo tempo, uma das mais simples de serem calculadas.

E atenção! Não caia na velha falácia de que você tem, por exemplo, 10 mil de despesas fixas, basta faturar 10 mil para ficar no zero a zero. Esta informação está completamente errada e pode prejudicar muito a sua empresa!

Ao saber o cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro (PE) você estará muito mais preparado como empresário e, principalmente, poderá definir com mais clareza as metas do seu negócio.

Neste artigo vou lhe mostrar como fazer esse cálculo em três simples passos e ainda compartilhar uma planilha gratuita para tornar tudo ainda mais fácil 😉

Neste artigo você vai aprender a:

Ponto de Equilíbrio Financeiro

O que é o Ponto de Equilíbrio Financeiro?

O Ponto de Equilíbrio Financeiro é o mínimo que uma empresa deve faturar para não ter prejuízo. Ao atingir este valor, a empresa não tem lucro e nem prejuízo, ou seja, ficar no zero a zero.

Esta é a meta mínima da mínima da míííínima que seu negócio precisa alcançar. Se o seu faturamento for inferior ao Ponto de Equilíbrio, inevitavelmente você terá prejuízo!

O PE é apenas uma das informações cruciais que você precisa ter em seu negócio. Se quiser saber quais são as outras e como ter todas estas informações, clique aqui.

Como calcular o ponto de Equilíbrio

O cálculo do Ponto de Equilíbrio se dá em 3 passos:

  1. Levantar os Gastos Fixos mensais
  2. Calcular a Margem de Contribuição (receitas menos custos variáveis)
  3. Aplicar a fórmula: Ponto de Equilíbrio = Gastos Fixos / % Margem de Contribuição

Apesar de simples, o cálculo requer muito cuidado! Um errinho simples pode lhe gerar uma informação completamente distorcida!

como calcular o ponto de equilíbrio

Já pensou definir uma meta errada e levar seu negócio ao prejuízo porque cometeu um deslize no cálculo?! 

Justamente para evitar erros matemáticos, que nós estamos disponibilizando gratuitamente uma planilha de cálculo de ponto de equilíbrio. Em dois minutos ou menos você terá esta informação tão importante para a empresa. Aproveita para fazer o download agora clicando aqui 😉

Vamos a um passo a passo mais detalhado:

1. Levantar as Receitas mensais

O primeiro passo é simples e, na realidade, o menos importante de todos para o cálculo. Você vai fazer um levantamento do seu faturamento médio, ou seja, quanto de dinheiro entra na empresa por mês.

Se você tem um bom sistema de Fluxo de Caixa, vai ser bem simples e rápido de pegar esta informação.

2. Levantar os percentuais dos Custos Variáveis

Este segundo passo sim é mais importante. Você vai levantar quanto percentualmente os custos variáveis impactam no seu faturamento.

Custos Variáveis são os custos que estão diretamente atrelados ao seu produto ou serviço. Isto é, quanto mais você vende, mais custos variáveis você tem. Quanto menos você vende, menos custos variáveis você tem.

Geralmente as empresas tem os seguintes custos variáveis:

Lembre: neste passo, você vai levantar estes custos em forma de percentual e não em valores monetários, ok?

(logo abaixo mostrarei um exemplo que ficará 100% claro)

3. Levantar os Gastos Fixos mensais

Esta é a última informação que você vai levantar para calcular o Ponto de Equilíbrio Financeiro do negócio.

A média dos gastos fixos mensais do negócio.

Os principais tipos de gastos fixos são:

Lembre-se de considerar a proporção das despesas sazonais, tais como 13º, férias, IPTU, etc. E também é interessante colocar uma gordurinha nestas despesas para caso de imprevistos que eventualmente acontecem.


Quer calcular o Ponto de Equilíbrio do seu negócio em menos de 3 minutos? Baixe nossa planilha que faz o cálculo para você!Banner Ponto Equilíbrio

 


Colocando tudo isso na fórmula

Calculando Ponto de Equilíbrio Financeiro

Quase pronto. Depois de (1) Levantar as receitas mensais; (2) Levantar os percentuais dos Custos Variáveis e;  (3) Levantar os Gastos Fixos mensais, basta aplicarmos tudo isso numa fórmula.

A fórmula do cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro é:

PE = Gastos Fixos ÷ % Margem de Contribuição

Ponto de equilíbrio é igual aos Gastos Fixos divididos pelo percentual da Margem de Contribuição.

Cálculo-Ponto_Equilíbrio

Que diabos é essa Margem de Contribuição?!?! Você não tinha falado nada sobre isso pooo!!!

C-A-L-M-A

Sim, temos um novo conceito aqui, a Margem de Contribuição.

A Margem de Contribuição é simplesmente o lucro do produto ou do serviço, isto é, é o seu faturamento menos os custos variáveis.

Também pode ser calculada a partir de um único produto, bastaria pegar o preço de venda dele e tirar os custos variáveis.

Como calcular essa Margem de Contribuição?!

Não vou entrar nos detalhes do cálculo da Margem de Contribuição (você pode entende-la um pouco melhor neste artigo aqui).

Você precisa fazer uma continha muito simples:

% Margem de Contribuição = 100% - (soma dos percentuais do passo 2)

Você simplesmente vai pegar 100% (que representa o seu faturamento total) e diminuir dos percentuais de custo variável – os mesmos que você levantou no segundo passo.

O resultado desta continha simples vai ser justamente o percentual da margem de contribuição que precisamos para o cálculo.

Depois disso basta aplicar na fórmula colocando as Despesas Fixas (passo 3) e dividindo pelo % da Margem de Contribuição (continha que acabamos de fazer acima):

PE = Gastos Fixos ÷ % Margem de Contribuição

 

“Eu estava entendendo tudo, mas quando colocou essa fórmula ferrou tudo”

Justamente por isso que estamos disponibilizando gratuitamente esta planilha de cálculo de Ponto de Equilíbrio – para que você não precise se preocupar com a fórmula matemática e não tenha chance de cometer erros. Se ainda não fez o download, faz agora – é grátis!

Um exemplo passo a passo do cálculo do Ponto  de Equilíbrio Financeiro

Jorge, tem empresa que vende cadeiras.

Jorge, tem empresa que vende cadeiras.

Tudo nessa vida fica mais fácil com um exemplo. Então vamos lá:

Jorge tem uma empresa que vende cadeiras. Ela compra e revende em sua loja. Jorge quer calcular o seu Ponto de Equilíbrio em menos de 3 minutos.

Vamos ao passo a passo:

1. Levantar as Receitas mensais

O dono da empresa avaliou o Fluxo de Caixa dos últimos seis meses e viu que seu faturamento médio era de 100.000,00

Ponto Equilíbrio Financeiro - faturamento

Imagem da ferramenta de Ponto de Equilíbrio

 

2. Levantar os percentuais dos Custos Variáveis

Em seguida ele levantou os percentuais dos Custos Variáveis (desde os fornecedores de quem compra os produtos até as comissões que paga aos vendedores).

De seu faturamento, 57% do valor são Custos Cariáveis:

Ponto Equilíbrio Financeiro - custos variáveis

Imagem da ferramenta de Ponto de Equilíbrio

 

3. Levantar os Gastos Fixos mensais

Por fim, a média dos Gastos Fixo do negócio ficou é de R$ 38.000 por mês:

Ponto Equilíbrio Financeiro - despesas fixas

Imagem da ferramenta de Ponto de Equilíbrio

Fazendo o cálculo

Em menos de dois minutos Jorge levantou as informações acima. Agora basta fazer o cálculo:

PE = Gastos Fixos ÷ % Margem de Contribuição

Ponto de equilíbrio é igual aos Gastos Fixos divididos pelo percentual da Margem de Contribuição.

Os Gastos Fixos já sabemos (passo 3) que são de 38 mil por mês. Assim, basta calcular o % da Margem de Contribuição.

Lembre: basta pegar 100% e diminuir de todos os percentuais do passo 2.

100%

-45% (fornecedores)

-4% (impostos)

-3% (taxa cartões)

- 5% (comissões)

= 43%

O % da Margem de Contribuição da empresa de Jorge é de 43%

Portanto...

PE = Gastos Fixos ÷ % Margem de Contribuição

 

PE = 38.000,00 ÷ % 43% = 88.372,09

Ponto Equilíbrio Financeiro - cálculo

Imagem da ferramenta de Ponto de Equilíbrio

O Ponto de Equilíbrio da empresa é de pouco mais de 88 mil reais por mês. E voilà, está feito o cálculo. Como Jorge usou nossa planilha, ele fez tudo isso em menos de 3 minutos!

Agora Jorge sabe que se faturar menos que 88 mil reais, com certeza vai ter prejuízo. Como seu faturamento está na casa de 100 mil, significa que ele está tendo algum lucro!

Ponto de Equilíbrio no Excel

Para que você não precise fazer todos os cálculos na mão, estamos disponibilizando gratuitamente uma planilha em Excel para te ajudar.

Como diz o meu sócio, Aleks:

"Se você não souber o mínimo que você precisa faturar, qual a meta que está seguindo mesmo?"

 

Portanto, fica aqui o último convite. Faça o download da nossa planilha grátis em Excel de Cálculo de Ponto de Equilíbrio. Em menos de três minutos você terá uma das informações mais importantes para o seu negócio.

Aproveite a planilha para fazer simulações e brincar com os números, tal como aumentar ou diminuir as despesas e, também, aumentar ou diminuir os custos variáveis.

Banner Ponto Equilíbrio no Excel


Seu próximo nível pode começar agora!

Veja o tamanho do Post para explicar um único assunto. Talvez um dos mais importantes. Mas existem diversas outras análises, conceitos e informações que você precisa ter em sua empresa.

Simplesmente para ajudar a fazer seu negócio crescer.

Eu (Renan) preparei um vídeo especial pra te mostrar como você pode atingir um próximo nível na sua Gestão Financeira =)

Assista o vídeo AQUI

Qualquer dúvida, deixa seu comentário abaixo. Até a próxima!

Renan Kaminski (sabe muito bem o Ponto de Equilíbrio da 4blue)

Quer aprender a elaborar um Fluxo de Caixa que gere informações e ações para seu negócio?

Neste guia mostramos o caminho inicial para montar um Fluxo de Caixa perfeito.

O que é Fluxo de Caixa?

Primeiro ressalto que este post não é para contadores e acadêmicos, que possuem conceitos um pouco diferentes. Este post é dedicado aos empreendedores que precisam de uma ferramenta prática para o dia a dia.

O Fluxo de Caixa nada mais é do que um filme da situação financeira da sua empresa. Se você está numa luta e tira uma foto, você consegue ver o que está acontecendo naquele momento da luta, mas dificilmente sabe quem ganhou (a não ser que já seja a foto final).

Então o Fluxo de Caixa serve para analisar o filme da empresa, como esta a situação financeira em cada mês e em cada conta. Qual o produto que mais vende, quais as contas mais representativas, qual a Margem de Contribuição, quanto está se gastando com fornecedores e muito mais.

Em resumo o Fluxo de Caixa serve para analisar os números da sua empresa de forma rápida e direta.

Qual a sua Importância?

Depois da explicação acima fica clara a sua importância certo? Sem um fluxo de caixa você não sabe nem quanto tem de lucro na sua empresa, quanto mais onde você pode cortar, quais os produtos mais vantajosos e tantas outras análises que o Fluxo de Caixa faz (veja no Guia Definitivo do Fluxo de Caixa estas análises).

O Fluxo de Caixa lhe trará informações precisas e importantes do seu negócio. Se você não sabe o seu Lucro ou seu Ponto de Equilíbrio, o que mais você sabe então?

Qual a estrutura o Fluxo de Caixa precisa ter?

É extramente importante você seguir a lógica correta do Fluxo de Caixa para uma análise precisa. Preste bem atenção no que eu vou dizer, muita gente ensina ou passa um modelo de Fluxo de Caixa que não gera possibilidade de Análises, como por exemplo do Ponto de Equilíbrio.

Fluxo de Caixa não é simplesmente Entrada e Saídas. Elas precisam ser divididas de uma maneira correta. E a maneira certa é esta abaixo:

Com esta divisão correta é possível encontrar algumas informações importantes rapidamente, como Margem de Contribuição (que fará a gente calcular o Ponto de Equilíbrio), Lucro Operacional e Lucro Líquido.

Lembrando que para uma leitura completa, veja o nosso Guia Definitivo de Fluxo de Caixa.

Sabe que precisa melhorar os números do negócio, mas não sabe por onde começar?

Comece pelo Fluxo de Caixa — o seu braço direito na empresa.

Esta ferramenta te ajuda a analisar e projetar seus números, te guia para tomar melhores decisões e mostra os melhores caminhos para aumentar o lucro!

Descubra como montar um fluxo de caixa perfeito e porque você foi enganado(a) sobre fluxo de caixa até agora.

Aviso aos Contabilistas, Administradores, Acadêmicos e afins

A informação deste post não está nos livros de contabilidade e administração.

Na realidade, se você é um acadêmico de alguma dessas áreas ou quem sabe trabalhe numa grande empresa, você irá fazer críticas a este artigo.

Porém, este artigo é para empresários e pessoas que administram as finanças de uma pequena empresa.

Ou seja, a lógica contábil está adaptada para ser plena e facilmente aplicável a qualquer empresa.

O que é Fluxo de Caixa?

O Relatório de Fluxo de Caixa é um demonstrativo que vai mostrar a relação de entradas e saídas de dinheiro num determinado período.

Este relatório pode apresentar tanto a situação passada - o que aconteceu no último mês, ou trimestre, ou no ano inteiro - como pode apresentar uma situação prevista futura - a relação do que você tem a pagar e a receber.

A partir deste relatório, você irá conseguir enxergar exatamente o que está acontecendo com o seu negócio e a partir daí tomar as decisões necessárias em busca de maior crescimento e lucratividade em seu negócio.

Você está sendo enganado(a)

Quando se procura por Fluxo de Caixa na internet, você acha informações relevantes sim, porém muitos sites enganam você: eles simplificam o fluxo de caixa de uma forma que faz perder todo o seu potencial e, na prática, não ajuda a tomar boas decisões!

Veja 3 modelos disponíveis de fluxo de caixa que se encontra por aí:

Num primeiro momento, parece não ter nada errado. Estes modelos até funcionam, mas eles não utilizam a divisão correta das contas.

O fluxo de caixa pode ser muitooo melhor que isso!

Como montar o Fluxo de Caixa perfeito?

Para montar o Fluxo de Caixa perfeito, teremos que seguir dois grandes passos: 1) estruturar o Fluxo de Caixa da maneira correta e 2) analisar os números.

Passo 1) Estruturar o Fluxo de Caixa

IMPORTANTE: todas as motivimetações do seu fluxo de caixa, independente da categoria, precisa se basear no Princípio de Caixa.

Ou seja, você irá contabilizar a movimentação financeira de acordo com a data que ela efetivamente aconteceu. Por exemplo, se você recebeu uma parcela hoje, o valor desta parcela é contabilizado na data de hoje, independente de quando a venda aconteceu.

Nesta estrutura, teremos 2 fontes de entrada de dinheiro, 4 fontes de saída e 4 contas de resultado (que é a diferença entre os tipos de conta).

Receitas / Entradas

Obviamente o seu fluxo de caixa vai começar pelas Receitas, ou seja, pelas Entradas de dinheiro.

Aqui você pode discriminar suas receitas de duas maneiras diferentes:

1 – Por Categoria de Receita

Este é o modelo ideal. Você consegue detalhar cada centavo que entrou por tipo de receita. A imagem abaixo apresenta um exemplo de um hotel – vamos chama-lo de Hotel Babilu (baseado num caso real):

*todos os valores apresentados no fluxo de caixa são anuais.

Ali conseguimos ver exatamente quanto entrou com hospedagem, quanto entrou com alimentos e bebidas e ainda com outros tipos de receitas (estacionamento, lavanderia, eventos, etc.).

No exemplo acima as “Deduções da Receita” seriam essencialmente devoluções de dinheiro (raramente esta conta é utilizada).

2 – Por Tipo de Recebimento

Este formato não é tão interessante, mas as vezes não há como fugir. Empresas que trabalham muito com cartão de débito e crédito, terão uma dificuldade maior de categorizar as receitas conforme o modelo anterior, justamente porque numa única venda poderá haver itens de várias categorias diferentes – ex.: um mercado que vende arroz, carne, produto de limpeza, roupa, etc.

Assim, se a empresa não tiver um sistema que já faça esta separação automaticamente, você precisará seguir um modelo parecido com o exemplo abaixo, de uma lanchonete:

* Valores anuais

Neste exemplo a empresa está categorizando conforme os tipos de venda, se em dinheiro em débito, crédito, etc.

Na pior da pior da piooor das hipóteses, você irá simplificar tudo e jogar apenas como “Receita de Vendas” sem nenhum tipo de discriminação. Não é o mais correto, mas também funciona.

(-) Custos Variáveis

O próximo item do Fluxo de Caixa são os Custos Variáveis.

Custo variável é todo gasto que está diretamente relacionado ao seu produto ou serviço. Quanto mais você vende, maiores são seus custos variáveis. Quanto menos você vende, menores são os custos variáveis.

Assim, as receitas e os custos variáveis mantém uma proporção entre si.

No caso do Hotel Babilu, por exemplo, os custos variáveis são os impostos sobre nota fiscal, taxas de cartão de crédito/débito, os amenities (sabia que os cosméticos (shampoo, sabonete, etc.) disponibilizados pelos hotéis chamam-se amenities?), lavanderia, comissões de venda, etc. etc.

Numa lanchonete, os custos variáveis são, além dos impostos e taxas de cartão, todos os custos com fornecedores, fretes, etc.

Veja abaixo como ficaria nosso fluxo de caixa até aqui:

No exemplo acima já é possível fazer a leitura que dos mais de 2,1 milhões que a empresa faturou, mais de 600 mil foram embora só para pagar os custos variáveis da empresa.

Atente-se que acima está apenas uma versão resumida de cada item do fluxo de caixa. Para cada um dos itens, você precisa fazer uma abertura com as respectivas categorias de contas, como no exemplo abaixo:

Se desejar, veja este rápido vídeo onde explico a diferença entre Custos Variáveis e Despesas Fixas (item que já veremos):


Depois dos Custos Variáveis, o próximo item do Fluxo de Caixa é a Margem de Contribuição.

= Margem de Contribuição

margem de contribuição
Margem de quem?

Talvez este termo seja novo para você, mas é um dos conceitos mais importantes do nosso Fluxo de Caixa

A Margem de Contribuição é o valor que sobra das vendas para pagar as despesas fixas e investimentos. Ou seja, a Margem de Contribuição são as Receitas menos os Custos Variáveis.

Na contabilidade também pode ser conhecido como Lucro Bruto.

Veja como fica a Margem de Contribuição no Fluxo de Caixa:

A leitura é mais ou menos essa: você pensa que tem 2 milhões na mão, mas na prática você tem menos de 1 milhão e meio e ainda tem que pagar todas as despesas fixas da empresa.

A margem de contribuição é um indicador mais importante que o próprio faturamento!

Na realidade, o faturamento é o indicador menos importante do seu negócio (veja um vídeo explicando melhor sobre isso). O faturamento pode lhe enganar sem você perceber. Muitas vezes o faturamento da empresa á bastante alto, porém a margem de contribuição é baixa, ou seja, a empresa tem custos variáveis proporcionalmente altos.

O exemplo real abaixo, de uma lanchonete, ilustra muito bem esta situação:

Dos mais de 300 mil reais que entraram na conta, sobrou 61 mil para pagar as despesas fixas.

Você se lembra que eu falei no início desse blog daquela sensação horrível de ser apenas um “repassador” de dinheiro? Se você tem uma margem de contribuição percentualmente pequena, provavelmente seus fornecedores estão dando a maior mordida no seu bolo de dinheiro.

Portanto, seu fluxo de caixa PRECISA ter a métrica da Margem de Contribuição. Agora lhe desafio: volte ao início do post e procure a margem de contribuição em algum daqueles fluxos de caixa... (mas, na real, nem perca seu tempo)

Ah, e além de tudo isso, a Margem de Contribuição é essencial para calcular o Ponto de Equilíbrio (veja aqui como calcular o ponto de equilíbrio) do seu negócio.

Depois de visualizar o quanto sobrou de suas receitas para pagar as demais contas, está na hora de pagar as demais contas. A primeira delas são as Despesas Fixas.

(-) Despesas Fixas

As Despesas Fixas (ou Custos Fixos) são os gastos relacionados à estrutura da sua empresa. As despesas fixas são “fixas” porque faça chuva ou faça sol, elas sempre estarão presentes.

Atenção: as despesas fixas não são contas que sempre são o mesmo valor. Não. São contas que irão existir de uma forma ou de outra. Ao contrário dos custos variáveis, as despesas fixas NÃO são proporcionais ao faturamento.

Exemplo de despesas fixas: luz, água, telefone, contador, aluguel, tarifa bancária, pró-labore, salários, cartório, etc.

Num hotel, por exemplo, a maior parte das despesas será com pessoal. Já numa lanchonete haverá um grande valor relacionado ao aluguel do espaço.

Observe a estrutura base das Despesas Fixas de nosso exemplo, o Hotel Babilu:

Perceba que nosso Fluxo de Caixa está ficando cada vez maior. Aqui nós percebemos que dos quase 1,5 milhão da margem de contribuição, mais de um milhão foram embora para pagar as despesas fixas. Do montante total das despesas fixas, observe que uma grandiosa parte é de Despesas com Pessoal

Lembre-se que acima está apenas uma versão resumida. Na prática, cada uma das contas terá N subcontas detalhando os valores, como abaixo:


Revisão Rápida

Até aqui em nossa estrutura de Fluxo de Caixa já ficou claro o Faturamento total da empresa; o quanto desse faturamento total foi para pagar os Custos Variáveis; e por consequência quanto sobrou de Margem de Contribuição para pagar as demais contas. Por fim, até aqui, do valor que sobrou como Margem de Contribuição, quanto foi pago de Despesa Fixa.


= Lucro Operacional Antes dos Investimentos (LOAI)

Dificilmente você vai encontrar este conceito por aí, mas ele é extremamente relevante para uma boa análise de fluxo de caixa.

O Lucro Operacional Antes dos Investimentos (LOAI) nada mais é do que a Margem de Contribuição menos as Despesas Fixas.

Ele vai lhe dizer o quanto sua empresa lucrou na operação essencial do seu negócio . Ou seja, ele vai dizer se sua empresa é boa ou não.

Veja o exemplo de nosso querido Hotel Babilu:

O LOAI do hotel foi de 456.297,50 (valor da margem de contribuição menos a despesa fixa). Ou seja, de tuuuudo que a empresa faturou (mais de dois milhões de reais) sobrou como lucro pouco mais de 456 mil.

Este saldo SEMPRE DEVE SER POSITIVO!

Se o LOAI do seu negócio for negativo, significa que você simplesmente não está pagando as contas básicas do seu negócio.

Lembra da lanchonete que vimos acima? Veja a estrutura do seu fluxo de caixa até o momento:

As Despesas Fixas desta lanchonete foram superiores à margem de contribuição, logo a empresa teve um prejuízo operacional de mais de 15 mil reais!

E o pior: ainda temos mais contas para pagar!

Novamente: o Lucro Operacional Antes dos Investimentos vai lhe mostrar se o cerne da operação do seu negócio está dando lucro ou prejuízo. Porém, ainda não acabou. Se existe um lucro “antes dos investimentos, por consequência, existem os “investimentos”.


(-) Investimentos

Investimentos são os gastos que não fazem parte do dia a dia da empresa e sobre o qual pretende-se ter algum retorno a curto, médio ou longo prazo.

Ou seja, é um investimento - dã

São exemplos de contas categorizadas como investimentos: compra de maquinário, compra de novo software, contratação de consultoria (se for consultoria financeira, que seja da 4blue ^^), capacitações e treinamentos, aumento de estrutura, etc.

A lógica é: de tudo que sua empresa faturou sobrou algum dinheiro (o LOAI) e deste dinheiro você investiu uma parte no próprio negócio.

Veja como fica o Fluxo de Caixa do Hotel Babilu com os Investimentos:

No hotel, dos mais de 450 mil reais de LOAI (Lucro Operacional Antes dos Investimentos), cerca de 36 mil foram investidos em marketing, bens materiais e desenvolvimento empresarial (consultorias, treinamentos, etc.).

Bom, se temos um lucro antes dos investimentos, por consequência teremos um lucro depois dos investimentos.

= Lucro Operacional

O cálculo do Lucro Operacional (ou Lucro Operacional Depois dos Investimentos) é bastante óbvio: é o LOAI menos os Investimentos.

Esta métrica vai dizer se a operação do seu negócio é rentável ou não.

Ou seja, aqui você já recebeu seu dinheiro dos clientes, já pagou todos os custos variáveis, todas as despesas fixas e todos os investimentos. O que sobrar é o seu Lucro Operacional.

Veja o exemplo do nosso hotel:

Neste hotel, dos mais de dois milhões de reais que entraram (faturamento), sobrou operacionalmente cerca de 420 mil reais.

Isto significa que, sim, o hotel conseguiu pagar todas as contas operacionais e ter lucro!!!

Mas calma lá que ainda não acabou...


Revisão Rápida

Em nosso fluxo de caixa analisamos o quanto a empresa faturou e o quanto veio embutido de custos variáveis, logo quanto foi a Margem de Contribuição – que é mais importante que o próprio faturamento em si.

Então, avaliamos o quanto foi gasto com despesas fixas, logo, o total de nosso Lucro Operacional Antes dos Investimentos (LOAI).

Por fim, avaliamos o quanto foi investido e qual nosso Lucro Operacional.


CALMA  LÁ JOVEM!

Antes de você sair anunciando seu grau de Empresário do Ano, atente-se a frase que escrevi acima:

“Isto significa que, sim, o hotel conseguiu pagar todas as contas operacionais e ter lucro!!!”

Operacionais. Toda empresa tem contas operacionais (a maior parte) e contas Não Operacionais também para pagar.

Isto é: ainda temos outras continhas para serem pagas!

(+ ou -) Movimentações Não Operacionais

As Movimentações Não Operacionais podem ser entradas ou saídas que não fazem parte da operação da empresa. Ou seja, é um dinheiro que entrou ou que saiu, mas que não tem haver com o cerne do negócio.

Exemplos de entradas não operacionais: capitalização dos sócios, captação de empréstimos, recebimento de investimentos.

Exemplos de saídas não operacionais: pagamento de empréstimos, distribuição de lucros, pagamento de juros, etc.

O ponto é: muitas vezes seu negócio está redondinho operacionalmente, mas como há muitas saídas não operacionais, acaba que a empresa não tem lucro ou tem um lucro muito pequeno.

Por isso é importante deixar separado as contas não operacionais das demais.

Veja o detalhamento das entradas e saídas não operacionais do Hotel Babilu:

ÊPA!

Os números acima estão dizendo que dos 420 mil de lucro operacional, o hotel teve 386 mil de saídas não operacionais?!?!?!

 É isso mesmo... (e  lembre que este é um caso real!)

Muitas empresas saudáveis operacionalmente passam por maus momentos justamente por terem muitas despesas não operacionais para pagar. No exemplo acima do Hotel, além da Distribuição de Lucros, a empresa gastou 205 mil reais entre empréstimos, juros e multas!

Atenção: as movimentações operacionais irão alertar a situação oposta também. Muitas vezes você pensa que seu negócio está bem, mas na realidade ele só tem dinheiro porque houve muitas entradas não operacionais, ou seja, o sócio ou o banco colocaram dinheiro dentro da empresa.

Agora sim, só nos basta analisar o Resultado Líquido...

= Resultado Líquido

Agora acabou!!! O resultado líquido representa a diferença entre todo o dinheiro que entrou no negócio e todo o dinheiro que saiu do negócio.

O Fluxo de Caixa completo vai ficar assim:

De toooodo o dinheiro do mundo que entrou no negócio (R$ 2,1 mi) sobrou módicos 34 mil! Dureza ein... você trabalha, trabalha, trabalha, e sobra apenas 1,6% do faturamento...

É por isso que em nosso curso Gestão Financeira Lucrativa (GFL) nós dizemos várias vezes que o faturamento da empresa não quer dizer nada.

Com este fluxo de caixa conseguimos avaliar perfeitamente o que está certo e o que está errado com o negócio. No exemplo do Hotel Babilu, operacionalmente a empresa vai bem, obrigado. Porém, a quantidade excessiva de saídas não operacionais está detonando todo o caixa do negócio. Sim, a empresa tem lucro, mas é um lucro absurdamente ridículo se comparado com o faturamento da empresa (mais especificamente: sobre de lucro apenas 1,6% de todo o faturamento).

E a lanchonete?

Em alguns momentos mostrei o exemplo de uma Lanchonete. Para ninguém ficar triste, vou apresentar o fluxo de caixa completo da empresa também:

A lanchonete está numa situação ainda pior que o Hotel. Apesar de quase não ter Saídas Não Operacionais, a lanchonete teve Prejuízo Operacional. Ou seja, a operação do negócio simplesmente não está dando dinheiro.

A empresa está quase que literalmente queimando dinheiro!

RESUMINDO A ESTRUTURA

Antes de falar um pouco sobre como analisar o fluxo de caixa, relembremos a sua estrutura correta:


Quer criar e analisar o fluxo de caixa da forma CORRETA?

Estamos disponibilizando gratuitamente um modelo de fluxo de caixa em Excel que lhe economizará algumas horas pensando em como criar o fluxo de caixa ideal.

Acesse agora mesmo!


Passo 02 - Análise do Fluxo de Caixa

Não basta ter a estrutura correta, precisa analisar!

No início deste artigo eu escrevi que o objetivo do fluxo de caixa é “tomar melhores decisões”. Pois bem, para tomar uma decisão melhor, você precisa analisar o fluxo de caixa.

Melhorando a visualização do seu Fluxo de Caixa

Na versão super resumida do fluxo de caixa (apenas com os macro tópicos, como mostrei acima) o fluxo de caixa já tem umas 30 linhas. Na versão completa, facilmente seu fluxo de caixa vai ter suas 150 linhas. Logo, é muito informação para analisar.

Portanto, primeiro precisamos facilitar nossa vida.

Como?

Percentuais das Contas

Geralmente os relatórios financeiros já têm isto: uma coluna adicional mostrando o percentual de cada conta em relação ao faturamento total.

O ponto é: é muito mais fácil olhar a informações por meio de percentuais do que por meio dos valores totais.

Por exemplo: eu dizer que minha empresa tem um custo variável médio de 20 mil reais não quer dizer muita coisa. Mas eu dizer que minha empresa tem um custo variável médio de 35% das receitas é uma informação muito mais completa e fácil de analisar.

Veja como ficaria o fluxo de caixa com os percentuais:

Observe que fica fácil de analisarmos que de todo o meu faturamento, 30% foi para pagar Custos Variáveis. E que minha Despesa com Pessoal representou 33% de toda a minha receita. E que apesar do meu Lucro Operacional ter sido de 20%, meu Resultado Líquido foi de apenas 2%.

Análise Vertical. O nome técnico para este percentual é Análise Vertical, ou seja, você está analisando seu fluxo de caixa verticalmente – sempre analisando qual o percentual que cada conta representa de seu faturamento total.

Portanto, quando algum consultor metido a besta, tipo eu, vier te impressionar com uma “Análise Vertical”, você já sabe o que é! ^^

Comparação entre Períodos

A periodicidade do Fluxo de caixa vai caber a você definir. Pode ser diário, semanal, quinzenal  ou mensal. O mais comum é que se analise o relatório do fluxo de caixa mensalmente.

Independente do período, você deve entender que o Fluxo de Caixa não deve ser visto como uma fotografia, mas sim como um filme.

Se você analisar apenas esta foto acima, parece que o Anderson Silva está muito tranquilo e com a luta na mão. Porém, quando você assiste o filme inteiro você percebe que não foi bem isso que aconteceu...

Isto quer dizer que você não poder analisar um único mês do seu Fluxo de Caixa, você sempre tem que comparar este mês com outros períodos, fazer análises semestrais, anuais, etc.

Portanto, além de analisar a representatividade de cada conta dentro do mês, devemos analisar a evolução destas contas de um mês para outro. Em outras palavras: quanto cada conta aumentou ou diminuiu no período.

Visualize como ficariam dois períodos (dois dias, dois meses, dois anos...) da primeira parte do fluxo de caixa:

Agora temos um segundo mês e uma segunda coluna de percentual “A.H.” – Análise Horizontal.

Análise Horizontal é o quanto cada conta evoluiu de um período para o outro. Ali, por exemplo, está dizendo que do mês um para o mês dois a Receita de Vendas subiu 2%.

Observe, também, que o mês 2 tem sua própria Análise Vertical.


Resumindo

Análise Vertical e Análise Horizontal

Análise Vertical vai dizer a representatividade de cada conta em relação ao faturamento – sempre dentro do próprio período. Ex.: minhas despesas fixas consumiram 33% do faturamento total.

Análise Horizontal vai dizer o quanto cada conta aumentou ou diminuiu de um período para outro. Ex.: minhas despesas fixas aumentaram em 2% em relação ao mês anterior.


Veja como ficaria o Fluxo de Caixa completo com dois meses:

Oi?

Ok, ok, parece confuso numa primeira olhada. Ninguém disse que seria mamão com açúcar.

Talvez seja por isso que a maioria dos fluxos de caixa que tentam lhe ensinar sejam errados – porque o simplista é mais fácil. Porém este mais fácil te leva para o lado errado.

Quando você for analisar seu fluxo de caixa, você irá seguir, basicamente, 5 passos...

[O curso de Gestão Financeira Lucrativa te faz entender tudo isso maravilhosamente bem ^^]

Como analisar o seu Fluxo de Caixa em 5 passos

A análise mais detalhada do Fluxo de Caixa merece um post só para si, mas aqui vou dar um geral.

São 5 passos base para analisar o fluxo de caixa de sua empresa são:

1 - Olhar os números gerais (receita total, custos variáveis, despesas fixas, etc.)

Você irá fazer uma primeira análise geral dos macro números, desde as Receitas até o Resultado Líquido Final.

Este primeiro olhar te dá a visão geral do que aconteceu no período - seja um mês, um bimestre, semestre, etc.

2 - Verificar se os percentuais (A.V. – Análise Vertical e A.H. – Análise Horizontal) estão dentro da média adequada

Ainda olhando as macro contas, você vai olhar para os percentuais, ao invés de apenas para os números inteiros.  Aqui você dará uma atenção especial para a margem de contribuição, lucro operacional e resultado líquido.

A lógica é: os números deste mês estão dentro da média esperada? Há alguma conta que subiu ou caiu significativamente?

3 - Verificar se as sub contas (3.1, 3.2, 4.1, 4.2...) estão “nos conformes”

Depois de olhar as macro contas, você vai olhar um pouco mais focado. No Hotel, por exemplo, além de analisar o Custo Variável total, você irá olhar para os custos tributários, para os custos com hospedagem, com alimentos e bebidas, etc.

A análise é a mesma que acima: os números deste mês estão dentro da média esperada? Há alguma conta que subiu ou caiu significativamente?

4- Identificar se existem contas anormais e verificar nos lançamentos qual a
ocorrência

Eventualmente você irá perceber que alguma conta está alta demais ou baixa demais. Nestes casos, você vai recorrer ao seu controle financeiro e verificar se há algum erro de lançamento (pode ter-se cadastrado na categoria errada, ou mesmo o valor errado).

Se não houver nenhum erro de lançamento, então você terá que agir sobre esta conta, se for o caso.

5 - Gerar suas conclusões sobre o Fluxo de Caixa PARTIR PARA A AÇÃO!

A partir de sua análise, você terá algumas conclusões. Pode ser simplesmente que está tudo bem e precisamos manter ou então que as despesa fixas fugiram do controle ou quem sabe que o faturamento caiu demais.

O ponto é: TODO SANTO MÊS você precisa olhar o seu fluxo de caixa. A cada trimestre, com a média destes três meses, você vai olhar com mais atenção ainda.

E o mais importante de tudo: você precisa agir! Buscar um fornecedor mais barato, cortar despesas desnecessárias, aumentar as vendas, etc. etc.

Se quiser mais uma análise, veja nosso post "Fluxo de Caixa Avançado para pequenos empresários: 2 números cruciais para analisar".

Simulações – Brincando com o Fluxo de Caixa

Mais do que analisar o que aconteceu, você deve usar seu Fluxo de Caixa para simular cenários futuros.

E se minhas receitas aumentarem?

E se eu diminuir os custos variáveis?

E se eu terceirizar algum serviço?

Esse, e se, e se...?

Você pode, por exemplo, simular o impacto de um aumento de 10% no seu faturamento. O que acontecerá com o seu lucro se o faturamento aumentar?

Em contrapartida, você pode simular uma diminuição de 10% na despesa fixa. O que acontecerá com o seu lucro se a despesa fixa diminuir?

Talvez você perceba que diminuir a despesa fixa impacta mais o lucro do que aumentar o faturamento – acredite, isto é plenamente possível. Logo, você irá se focar em diminuir as despesas fixas.

Ao brincar com os números, você irá chegar num cenário ideal para o seu negócio. Este cenário ideal será sua nova meta a alcançar.

Quem tem metas claras, trabalha melhor!

CONCLUSÃO E RESUMÃO

O relatório de fluxo de caixa será seu braço direito se você utilizá-lo corretamente. Você irá visualizar claramente se o problema do negócio está nas vendas, ou nos custos variáveis, nas despesas fixas, nos investimentos ou quem sabe nas saídas não operacionais.

O fluxo de caixa é uma ferramenta e como toda ferramenta, precisa ser usada para funcionar. Logo, já a partir deste mês, que tal você montar a estrutura correta do fluxo de caixa do seu negócio e passar a fazer as análises corretamente?!

Lembre: o objetivo financeiro de qualquer empresa é lucrar. Um bom Fluxo de Caixa irá mostrar os melhores caminhos para aumentar os lucros do seu negócio.

Resumindo em tópicos tudo o que aprendemos:

> O relatório de fluxo de caixa irá resumir todo o dinheiro que entrou ou saiu do seu negócio – assim como pode ser usado para projetar previsões de entradas e saídas futuras de dinheiro

> O Fluxo de Caixa trabalha com o princípio de caixa, ou seja, tudo o que efetivamente entrou e saiu de dinheiro deve estar contabilizado

> O Fluxo de Caixa perfeito PRECISA ter a seguinte estrutura:

> Melhor do que olhar apenas os números brutos, será mais fácil  olhar os percentuais. A Análise Vertical diz o quanto cada conta representa do total do seu faturamento. A Análise Horizontal diz o quanto cada conta evoluiu de um período para o outro.

> Comece analisando os números da forma mais geral (olhando os macro números) e passe a analisar mais detalhadamente cada tipo de conta. Anormalidades no fluxo de caixa devem ser investigadas

> Brinque com os números. Simule aumentos/diminuições nas entradas e saídas de dinheiro. Ao brincar com os números você conseguirá traçar metas a serem alcançadas.

E por fim, lucre, lucre muito, lucre mais!

Opa, tudo bem?

Frequentemente falamos da importância de controle e sempre ressaltamos (sempre mesmo) de que é necessário ser um controle 100%, ou seja, centavo por centavo, vírgula por vírgula. E eu vou mostrar neste post o motivo desta importância toda.

Imagine que você tem uma Empresa X e que eu te pergunto quanto sua empresa fatura em média por mês, e você me responde "Mais ou menos" 45 mil reais.

Logo na sequência eu pergunto quanto é seus custos variáveis e você diz "mais ou menos 20 mil reais.

E por fim, eu lhe pergunto quanto é suas Despesas fixas e novamente você me diz "mais ou menos" 20 mil reais.

Muito bem. Com apenas estas 3 informações eu consigo ter muita coisa para analisar, certo?

A primeira, mais importante, é que você tem um lucro operacional de 5 mil reais (nestas horas você já estaria pensando "mas para onde vai este lucro?").

Bem, com apenas estas informações eu já consigo calcular seu Ponto de Equilíbrio, que é justamente o Faturamento necessário para você conseguir pagar as suas contas e não ter prejuízo e nem lucro. Você fica exatamente no zero a zero.

(Se você não sabe o que é o Ponto de Equilíbrio e não sabe calcular, baixe nosso E-book Gestão Financeira em 5 Passos que ensinamos passo a passo e é facinho!)

Em resumo eu preciso de 2 informações: Despesa Fixa e Margem de Contribuição (no e-book acima explicamos sobre isso também).

A Despesa Fixa você me deu já e é "mais ou menos" 20 mil. A margem de contribuição é a diferença entre Receita e Custo Variável, no caso 25 mil. Para a fórmula precisamos do Percentual da Margem de Contribuição (basta dividir pela receita).

Portanto meu % da Margem de Contribuição é 56%.

Basta calcular o Ponto de Equilíbrio. Com as informações que você me passou, seu Ponto de Equilíbrio é R$ 35.714,28.

Mas e se as informações estiverem só um pouco erradas? E se eu não anotei exatamente tudo? O que acontece?

Vamos imaginar agora que você nos contratou e fizemos cadastro de centavo por centavo, tudo tudinho e as novas informações (que demonstram que antes estava errado) são:

Será que muda muita coisa?

Bem, seu % de Margem de Contribuição agora é de 48,31% e seu Ponto de Equilíbrio é de R$ 46.448,88.

Compare. Com as suas informações, o mínimo que você precisaria faturar era de R$ 35.714,28 e agora o mínimo é mais de 11 mil reais a mais (com pequenas variações nas informações). Por isso que, na situação que analisamos 5 mil de lucro, você pensou "Como que não sobra dinheiro?".

Entenda que Gestão Financeira ou é ou não é, não existe meio termo. Suas análises devem ser precisas para você saber tomar as decisões certas. Os números nunca mentem. Às vezes a gente que se engana com números errados.

Se quiser dar um passo de quilômetros, tem o nosso curso 100% online de Formação em Gestão Financeira. Você pode saber mais do curso aqui.

Grande abraço!

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Escrito por:

Aleksander Avalca

Sócio da KaminskiAvalca e adora Basquete, comida japonesa, Fórmula 1 e sente bastante saudade de uma parte da família que mora longe!

Preste atenção: você nunca e eu digo nunca vai ter 100% de lucro. Isto simplesmente não existe. Nem 100, nem 200 nem 300% de lucro.

Esta é uma grande falácia que faz os empresários se perderem nas contas.

Em uma rápida pesquisa na internet, achei alguns trechos citando estes 100% de lucro (alguns deles em sites grandes e de negócios):

“Sorvete dá um bom lucro: 100%, considerando só o gasto com matéria prima.” “...chegava a lucrar até 100% com o comércio dos produtos ilegais.” “Um chinelo simples feito na máquina de chinelos, pode gerar um lucro de 100%, mas um chinelo estampado deixa 200% de lucro.”

Vamos pegar o exemplo do chinelo acima. Você tem um custo com os materiais de R$ 15,00. Se você vender por R$ 30,00 teve lucro de 100% e se vender por R$ 45,00, lucro de 200%. Certo?!

Errado! Veja um exemplo abaixo (na última coluna, considere que a empresa vendeu mil unidades):

 

Unid.

Venda

        30,00

  30.000,00

Materiais

        15,00

  15.000,00

Impostos e comissões

          3,00

    3.000,00

Ganho do produto

        12,00

  12.000,00

Ganho percentual do produto

40,0%

Despesas Fixas

 

     9.000,00

Lucro

 

     3.000,00

Percentual de lucro

10,0%

 

E aí, onde está o lucro de 100%?

 O formato acima segue a estrutura base um Fluxo de Caixa perfeito. Acesse nosso artigo "Fluxo de Caixa para pequenas empresas: o guia definitivo!"

Qual a forma correta de pensamento?

São duas coisas que você deve considerar:

1 – Estes "100% de lucro" que você ganha sobre o produto são a Taxa de Marcação (ou markup). Ou seja, quanto você está colocando acima do seu custo do produto / serviço para gerar lucro, pagar impostos, comissões e pagar as contas fixas (os detalhes deste assunto são tema para outro artigo).

2 – Podemos considerar que a empresa tem “dois lucros”. O primeiro é o lucro sobre o produto (sem considerar as contas fixas) e o segundo é o lucro líquido final. No exemplo anterior, no ganho sobre os produtos, houve um lucro de 40%. Isso significa que para cada produto vendido, eu ganhei 40% do valor da venda.

Mas o que realmente importa é o lucro final, que no exemplo acima é de apenas 10%. Ou seja, de tudo que eu vendi, sobrou efetivamente apenas 10%.

Lucro é aquele dinheiro que, de fato, sobra em relação às vendas. Isto é, todas as entradas menos todas as saídas. Se sobra, é lucro. Se falta, é prejuízo.

(temos um artigo super completo sobre Lucro e Lucratividade. Confere aqui!)

Por isso o lucro de 100% é uma grande falácia. É um pensamento errado que, infelizmente, é reforçado pelas mídias (mídias especializadas também) e por muitos consultores por aí.

Mas qual a real diferença de tudo isso?

Esta forma correta de pensamento não é simples academicismo. Diga para si mesmo as duas frases a seguir:

“Tenho lucro de 100% sobre os produtos”

“Tenho lucro de 40% sobre os produtos”

Qual deles lhe dá uma sensação melhor? O primeiro, claro. Mas qual dá uma grande ilusão de ganho? O primeiro também!

Então, além de inúmeros fatos de cálculos financeiros (não entraremos aqui nos detalhes), esta ilusão dos 100% de lucro lhe faz pensar que está gerando um ganho que na prática não é real!

Qual o seu lucro mesmo?

 

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